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Reis que se recusam ser monarcas a fingir.

por Cristina Ribeiro, em 28.06.13

 

Dúvidas sobre este postal:
       

O tempo, a má experiência de ter tentado trabalhar com partidos, que, como agora, mostraram mais não ser que meros " empatas ", constituídos por " politiqueiros ávidos sem nenhum conhecimento dos interesses e aspirações nacionais ", obrigaram D. Carlos a repensar o caminho encetado por Portugal havia muito já.
Como antes dele D. Pedro V, considerava " corruptos, ineficientes e imorais" tais partidos, e como o seu antecessor entendia ser seu dever " governar, sem se limitar ao acto de reinar ", pois, como escreve Rui Ramos, " Os reis de hoje são, por vezes apenas, pouco mais do que celebridades, figuras que geram mais noticiários para as colunas de sociedade e revistas cor-de-rosa do que para as páginas de análise política. D. Carlos não foi um rei desses. "

publicado às 16:58


11 comentários

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De Nuno Castelo-Branco a 28.06.2013 às 17:40

Cristina, sabe bem que o sistema eleitoral da Carta distorcia a representação nacional. Os deputados eram eleitos após a nomeação do governo que convocava as eleições. A distribuição dos lugares era negociada e o Rei tinha a desagradável missão de indicar o novo Presidente do Conselho (rotativo). Foi este estado de coisas que D. Carlos quis eliminar. Muito justamente, há que dizê-lo. No entanto, exagerar-se ao ponto de se afirmar que ele pretendia adoptar o programa do Partido legitimista, é um grande exagero. 
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De Cristina Ribeiro a 28.06.2013 às 18:10

Nuno, o que quero frisar aqui é que D. Carlos viu os males da partidocracia, hoje de novo tão evidentes, razão porque muitos integralistas o consideraram um seu precursor -da Monarquia Nova -pois que esse era um dos maiores campos de batalha.


( Atenção que não concordo, de modo algum, com todas as batalhas de todos os integralistas -separa-se sempre o trigo do joio, v.g.anti-semitismo )


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De Cristina Ribeiro a 28.06.2013 às 18:51

Anti-semitismo apenas dalguns, note-se...
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De Nuno Castelo-Branco a 28.06.2013 às 18:59

Cristina, os seguidores do PL portaram-se muitíssimo mal com o Rei e com D. Amélia. Os agravos eram constantes e nesse aspecto, serviram às mil maravilhas os republicanos. Aliás, mesmo depois de 1910, insistiram em atacar D. Manuel II, um homem de bem. 
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De Cristina Ribeiro a 28.06.2013 às 19:44

Nuno, hoje dou toda a razão a quem proferiu a frase " A Monarquia acabou na noite de 1 de Fevereiro de 1908, nas Necessidade", quando desautorizaram João Franco e tudo quanto vinha a fazer conjuntamente com o Rei assassinado.
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De Nuno Castelo-Branco a 29.06.2013 às 20:33

Neste aspecto, estamos plenamente de acordo. O que devia ter sido feito, era a imediata detenção daqueles que ainda não tinham sido "guardados" uns dias antes, aquando do "golpe do elevador". Seriam imediatamente metidos a bordo e enviados para fora do Portugal europeu. Urgia deter o Alpoim em Espanha e trazê-lo de qualquer forma para dentro das fronteiras, juntando-o ao rol dos bandidos. Depois, agir-se-ia em conformidade com os desejos de uma boa parte das Forças Armadas. e da maioria da opinião pública, crente numa solução de força.
Quando não se procedeu à limpeza que se exigia até pelo direito de legítima defesa, o regime rendeu-se, facto que Eduardo VII compreendeu. Parece que os escrúpulos legalistas - mas após o regicídio, qual era então a Lei? - de S.M. a Rainha, influenciaram na má decisão. Se Franco tivesse sido confirmado na noite do 1º de Fevereiro, todo o país compreenderia o que estava em causa, tal como o estrangeiro, quero dizer, a Inglaterra. Com a vantagem de diplomaticamente também sermos logo apoiados pelo próprio Kaiser, indignado pela catastrófica solução encontrada. O que sucedeu - a "Acalmação" do pérfido Ferreira do Amaral - foi uma desgraça que ainda pagamos. 
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De tiGue a 28.06.2013 às 18:41

o mandante e o assassino foram?
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De Duarte Meira a 28.06.2013 às 22:39


Cristina:

D. Carlos tentou a reforma do anquilosado oligopólio dos partidos monárquicos mas, como antes D.Pedro V, no âmbito da Carta e explorando todas as potencialidades que esta permitia à intervenção do poder real - adentro do parlamentarismo partidário. E era aqui, precisamente, que incidia toda a pertinência da crítica legitimista, continuada pelo Integralismo.

Já tínhamos tido no Portugal medievo - e poderemos voltar a ter - uma genuína Democracia, não partidária. É o problema, hoje mais candente do que nunca, da Representatividade do poder político. Ironicamente, hoje, só não (ou não devia ser) problemática representatividade do poder monárquico: - assume a unidade da totalidade da Nação no seu devir histórico. (Mesmo quando, contingentemente,  esta unidade não está  assumida de facto numa especial forma de institucionalização política, e precisa de ser substituída por uma "presidência da República"... )
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De Cristina Ribeiro a 28.06.2013 às 23:22

Mas, e tal é tão evidente à luz da História, esse parlamentarismo partidário não funciona, antes nos deixa sempre de rastos: a tal "  a pertinência da crítica legitimista, continuada pelo Integralismo. "
Concordo, Duarte: a genuína Democracia do Municipalismo, defendido, entre outros, por Herculano.
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De Duarte Meira a 29.06.2013 às 00:12

« Mas, e tal é tão evidente à luz da História, esse parlamentarismo partidário não funciona ... »

Pois não, Cristina. E permita-me o atrevimento de ser eu a lembrar esta evidência histórica a alguns jovens militantes partidários colaboradores deste blogue...
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De Nuno Castelo-Branco a 30.06.2013 às 17:58

Não sou jovem e apenas me interrogo acerca das possibilidades de poder continuar a falar livremente, se um dia se instaurar um regime de, digamos, "concentração de poder". 

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