por Cristina Ribeiro, em 29.06.13
" Preciso de ir beber à fonte dos nossos Cancioneiros a água fresca da Língua donzela, a que canta como zagala, nas bailias ágil, matinal nas albas, marinha nas barcarolas. Verbo que ensaia as asas e chalreia, linguagem a fresco, ela me limpa de crostas sobrepostas de adjectivos, da lazeira dos lugares-comuns.
Ei-la, a mezinha adorável - a nossa língua românica, de linho grosso, a doce e rude. E quantas vezes, lendo autores sábios, me lembro dela como o poeta da namorada: " Que soydade de mha señor hei..."