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Eles vão continuar "Os Maias"

por João Pinto Bastos, em 01.07.13

Se Eça foi um vencido da vida, que dizer, pois, da imensa cáfila que pastoreia os imberbes lusos? O que mais me custou ao ler esta notícia (conto de terror), foi verificar que até Rentes de Carvalho resolveu ceder aos impulsos idiotizantes do hebdomadário das parvoíces. Mas já que estamos numa de continuações de grandes clássicos da literatura, que tal Ricardo Costa convidar E. L. James para uma reescrita sensualóide do Moby Dick de Melville? A estória da baleia teria, certamente, outro encanto. O sucesso seria automático e além-fronteiras. Ademais, seria um desafio, digno de uma coroação olímpica, juntar no mesmo espaço o talento norte-coreano de José Luís Peixoto com a imaginação orgíaca de James. 

publicado às 13:02


3 comentários

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De Anónimo a 01.07.2013 às 14:21

Que se passa contigo que mudas  à velocidade da luz.  Para ti José Luis Peixoto era um grande escritor. Já agora, o que tem a ver a ideologia política  com  a escrita do mesmo.  
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De Gonçalo Correia a 01.07.2013 às 17:16


Os Maias é um texto que carece de continuidade. Ou melhor, não precisa de ser continuado, mas permite ser desenvolvido. Um pouco como o Húmus, do Raúl Brandão (ainda que de uma forma quase contrária). O problema é que este foi trabalhado/desenvolvido (continuado não é exactamente a palavra indicada) por Herberto Hélder...

O JLP não é um bom escritor (sequer se analisarmos apenas o que é a literatura portuguesa das últimas duas décadas) mas não é assim tão mau, tem algumas coisas razoáveis (Morreste-me, A Casa na Escuridão: sobretudo estes 2). O Agualusa está mais ou menos ao mesmo nível (ligeiramente melhor, mas não bom). Não aprecio o Mário Zambujal. O Gonçalo M. Tavares, pelo contrário, é dos melhores escritores da nova geração (embora só se destaque mesmo por ser contemporâneo). Da Clara Ferreira Alves ainda não li nada.

Se calhar até temos opiniões parecidas, mas pessoalmente não condeno nada a iniciativa. Vou até, provavelmente, ler. Confesso alguma curiosidade e um pouco (pouco) interesse. Sobretudo por ser uma ideia diferente e que provavelmente valerá mais do que as restantes páginas todas do Expresso juntas.

PS - Isto ou dá uma coisa razoável (não dá para mais) ou uma coisa péssima. Se a ideia for considerar como actuais sobretudo as personagens-tipo e a caracterização da sociedade lisboeta, desvalorizando ao mesmo tempo algumas questões mais paralelas da obra (e, em minha opinião, bem mais interessantes), vai ser péssimo. Reduzir «Os Maias» a uma sátira/crítica social, como o jornalista faz (e como espero que os escritores não façam), é tremendamente injusto; é verdade que o é sobretudo e maioritariamente, mas felizmente não se esgota aí... o carácter "humano" (humanista?) da obra existe, ao contrário do que se quer fazer crer, e é precisamente isso que espero ver nesta iniciativa, para não ser só um conjunto de rapazes novos que gostam de achincalhar tudo a que pertencem e falar do colectivo abstractamente.

A ver vamos.
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De Duarte Meira a 01.07.2013 às 22:59


Esta notícia ainda consegue ser pior que a da substituição de Gaspar pela Gasparina.

( A propósito, Os Maias não precisam de ser continuados mas, sim, cortados, como reconheceu o autor logo em 1888,  em carta ao seu amigo Batalha Reis. Os nossos alunos do secundário, sujeitos há anos a este descomunal pastelão, agradeciam.  )

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