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1. Depois da asneira feita*, Paulo Portas bem pode agora vir dizer que o acordo é bom para o país e para a coligação. Se tal garantia é mesmo verdadeira, então porque não tentou fazer o que era urgente, renunciando a todo este circo de intrigalhadas que precisamente debilita a coligação e muito pior ainda - e mais importante - prejudica Portugal?
2. Há quem diga ser a situação bem mais grave que aquela conhecida pela opinião pública. Em conformidade, os desconfiados garantem ser o móbil deste carnaval tardio, o desejo de despoletar uma crise que precipite o rápido abandono do barco em naufrágio. Sendo ou não verdade, neste momento já ninguém se compadece com os interesses desta partidocracia que se insistir em erros que agora são crimes, levará a soluções tão imprevistas como indesejáveis. Isto, logicamente dando de barato o facto da democracia portuguesa não passar de uma ficção que dentro de portas serve uns tantos e lá fora salva as aparências.
3. Um secundário e trânsfuga pescador de um lugar na política, diz agora que "não é o apocalipse do país (...) não tentem assustar-nos". Para ele e para os seus nada haverá a temer, mas quanto aos outros, a imensa maioria, é mesmo o 2ª resgate à espreita e tudo o que isso significará.
É de banzar, a ligeireza com a qual os agentes políticos alvitram calendários eleitorais, aparentando um total desconhecimento daquilo que até ao anunciado fim do período de intervenção e mesmo para além dele, ainda teremos de enfrentar.
*Salazar tinha razão quando dizia que "em política, o que parece, é"