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Pó, cinza e nada

por FR, em 08.07.13

Tenho ouvido muitos comentadores a condenar o último golpe de estado no Egipto, alegando a suposta legitimidade de um governo eleito democraticamente (com 51,73% dos votos).

 

Ora eu, que de democracia percebo pouco e gosto menos, confesso fazer-me uma certa confusão estes democratas que falam de islamofobia de boca cheia, serem incapazes de denunciar a recorrente perseguição que tem sido feita aos cristãos em África e no Médio Oriente. A destruição de igrejas e cemitérios, a perseguição por vias judiciais através de julgamentos-fantoche, a alienação da sua participação na vida pública, a imposição de restrições à liberdade religiosa, o massacre diário de cristãos às mãos de islamistas fanáticos; nada disto aparenta preocupar os democratas: o “cinquentaporcento+1” povo falou e decidiu pelas urnas: o governo é legítimo. Aos cristãos resta a opção do êxodo ou do martírio.

 

Como seria de esperar os Estados Unidos declararam não apoiar o golpe militar, o que faz todo o sentido de acordo com a sua política de extermínio do cristianismo, tanto dentro como fora de portas. O sangue dos mártires vai jorrando imparável do Paquistão à Síria, do Egipto à Nigéria, só para enumerar os casos mais dramáticos, mas se alguém se atreve a denunciar estes casos, é imediatamente rotulado de islamófobo.

 

Cada vez mais isolados neste mundo, aos cristãos restará em breve pouco mais do que o consolo de uma vida para além deste pó e destas cinzas.

publicado às 20:45


4 comentários

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De Duarte Meira a 08.07.2013 às 21:15


Caro Fernando:

Concordo totalmente, em especiaal quanto à deriva do Império policiário e paratotalitário norte-americano.

Quanto ao sangue dos mártires, ele nunca foi e não deve esperar jamais ser estancado com a peseudo-protecção de golpes militares.

E quanto ao "consolo de uma vida para além deste pó e destas cinzas" é uma questão de elementar, racional realismo, neste caso garantido ainda por Cima na promessa de Quem sabe e pode cumpri-la.
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De FR a 09.07.2013 às 10:03

No seguimento da ultima parte do seu comentário, a mais recente encíclica papal, fechando a trilogia das virtudes teologais, surgiu muitíssimo pertinente, enquadrada na realidade dos nossos dias. Tenho estado tao ocupado nas ultimas semanas que nao tenho praticamente encontrado tempo para escrever, mas assim que coseguir, deixarei aqui umas notas sobre a Lumen Fidei. Aproveitei que hoje é o início do Ramadao e dia de independência para descansar das obras terrenas e vir dizer que estou vivo :)
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De Nuno Castelo-Branco a 08.07.2013 às 22:45

Pois eu estou-me nas tintas para as grandiloquentes tiradas dos nossos aliados além-Atlântico. Fiquei satisfeito com o golpe no Egipto e ainda melhor seria se conseguissem deitar a mão à cúpula da Irmandade. Quanto à Síria, já sabes: espero que Assad e o seu pouco simpático regime vençam. Já é tempo dos europeus voltarem a zelar pelos seus interesses, até porque se compararmos Assad ou Mubarak com o sr. Kadhafy, a diferença é notória. 
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De FR a 09.07.2013 às 10:09

Estou certo de que a vitória estará já assegurada.

Pouco ou nada há a fazer enquanto os interesses dos Europeus estejam em rota de colisao com os interesses dos que mandam nos Europeus. É cada vez mais urgente limpar o velho continente da imundice que o corrompe...

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