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No fim de contas

por João Quaresma, em 21.07.13

Vencedores:

 

Pedro Passos Coelho: saíu de uma situação de fragilidade pela saída de Vitor Gaspar e pela traição de Paulo Portas para ser confirmado como o homem ao leme tal como as sondagens apontaram ser, apesar da impopularidade, a vontade da maioria dos portugueses. Sai reforçado, interna e internacionalmente, como Primeiro-Ministro e como líder do PSD.

PSD: acordou para a realidade percebendo que tinha de arregaçar as mangas e apoiar o seu líder. Cair do poder agora poderia significar fazer mais uma longa travessia do deserto, porventura mais prolongada que as anteriores. E a partir de agora tem todos os motivos para tentar ganhar as próximas eleições com maioria absoluta, dispensando coligações com o CDS. Isto significará uma viragem à Direita, tentando reconquistar eleitorado à abstenção e ao CDS. E meter Cavaco e Ferreira Leite no ecoponto.

Álvaro Santos Pereira: tratado como persona non grata e apontado como remodelável desde que tomou posse, e apesar de perder poder, continua no Governo, sobrevivendo a Miguel Relvas e Vitor Gaspar, contra ventos e marés. Quem ri por último, ri melhor.


Perdedores:

 

Paulo Portas: ninguém tem grande simpatia por vira-casacas e ratos que saltam fora do barco durante a tempestade. Paulo Portas poderá manter-se à cabeça do seu partido, mas nunca mais recuperará deste episódio. A ambição desmedida custou-lhe caro, e ao seu partido unipessoal também.

PS: se o CDS é actualmente o partido unipessoal de Portas, o PS provou-se ser o partido unipessoal de José Sócrates. António José Seguro é apenas o infeliz que foi posto ao volante por uns tempos . E ficou evidente que, por muito grande que seja a máquina de propaganda que o serve, não é possível esconder que do Largo do Rato não se pode contar com qualquer papel construtivo, qualquer contribuição minimamente realista e positiva para a resolução dos problemas do país - para os quais, esses sim, contribuiu grandemente apesar de não mostrar um átomo de arrependimento. Além disso, não terá as eleições antecipadas que lhe conviriam, antes que a economia comece a recuperar de forma mais visível.

Cavaco Silva: "live but not learn". Intrometeu-se na resolução de uma crise governativa quando esta já estava resolvida, propondo uma solução com escassas hipóteses de sucesso. Envolveu o PS na resolução de uma questão que este partido não queria, não tinha interesse e não conseguiria (por razões internas) resolver mesmo que quisesse. Apenas conseguiu evidenciar os defeitos do PS, papel que decididamente não cabe ao Chefe de Estado. Um capricho perigoso e inútil que ficará registado nos anais deste infeliz período da História.

Opositores internos de Pedro Passo Coelho: perdedores em toda a linha. Manuela Ferreira Leite poderá continuar, como até aqui, a dissecar tudo o que de negativo se passar com o Governo com o seu sorriso de satisfacção, que pouco ou nada significará para além do espectáculo que justificou a sua alcunha no Contra-Informação: "Manuela Azeda-o-Leite".

Reputação da classe política portuguesa: como se não fosse possível piorar, transformou-se num infantário em auto-gestão durante três semanas. Renovação precisa-se urgentemente.

Credibilidade internacional de Portugal: até esta crise acontecer, Portugal tinha conseguido passar a imagem de que a casa estava a ser arrumada e que gozava de estabilidade política. Tudo caíu como um castelo de cartas e toda a gente percebeu que era uma aparência vendida por aquele país cujos jogadores de futebol estão sempre a atirar-se para o chão para tentar enganar o árbitro e arrancar um penálti que não existiu. Dois anos de trabalho deitados fora? Quase. Estamos agora mais longe da Irlanda e mais comparados à Grécia (que apesar de tudo está empenhada em fazer reformas). Agora temos nós que fazer reformas a sério, doa aos interesses instalados que doer.

publicado às 23:30


26 comentários

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De Anónimo a 21.07.2013 às 23:43

Vai uma aposta em como este governo não chega ao fim da legislatura? Se não acredita, espere mais um pouco e terá a resposta. Em Outubro, após os resultados desastrosos das autáquicas para a Direita, depois conversamos.
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De João Quaresma a 22.07.2013 às 00:13

Caro Anónimo: sabendo-se do que a casa gasta, é possível que sim, que não chegue ao fim da legislatura. Mas eu diria que por causa desta crise isso agora é menos provável que aconteça. Se tivesse que cair, tinha caído agora (e esteve muito próximo de cair). Ficou demonstrado que, de fora, não deixaram cair por não haver uma alternativa credível, apesar deste governo ter, até agora, estado longe de estar à altura da tarefa. E isso apesar da derrota previsível que PSD e CDS sofrerão nas autárquicas.
Obrigado pelo seu comentário.
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De Anónimo a 22.07.2013 às 00:33


Se PSD e CDS são proposta credível ,então chegámos ao caos.
O problema é que eles são tão maus, que até os seus próprios partidos, eles vão matar com tanta incompetência. Aconselho-o a ver o que vai acontecer em próximas eleições ao PSD e CDS. Já agora, onde vamos com estas políticas? Destruir o que resta e depois? Cada povo tem aquilo que merece, só é pena é que aqueles que não votaram nesta gentinha tenham que aguentar tanta ignorância.  
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De João Quaresma a 22.07.2013 às 14:36

Não aprovo muito do que este Governo tem feito mas também reconheço o que de positivo tem havido. E, realisticamente, não vejo alternativa.
Obrigado pelo seu comentário.
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De Vasco a 22.07.2013 às 02:13

Acho que perderam todos, uns mais do que outros, é certo, mas perderam todos. O PSD, concordo, é talvez o único protagonista que escapa relativamente incólome, mas faz parte sistema. Acho que o sistema está no fim. Já não dá para acreditar em nada disto.
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De Vasco a 22.07.2013 às 02:14

Errata: incólume. Sorry.
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De João Quaresma a 22.07.2013 às 14:37

Essa é a maior derrota de todas: a credibilidade da classe política no seu todo, que compromete todo o sistema.
Obrigado pelo seu comentário.
JQ
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De Nuno Castelo-Branco a 22.07.2013 às 08:50

Essa é a verdade, se há algum sítio para fugir, será para a frente. 


Quanto às autárquicas, se excluirmos Lisboa - e o seu desastroso chefe camarário - e mais uma ou outra cidade, creio que os resultados serão diferentes daqueles em que Seguro deposita tanta confiança. As candidaturas independentes estão aí e o facto de gente como Isaltino - desta vez há vários - não ter concorrido pelo PSD, nada ou pouco quererá dizer, pois será eleita e a oposição nada retirará como lucro. Julgo que será assim, as autárquicas são um assunto muito diferente das legislativas e a maioria deverá entender isso mesmo. A verdade é que o PS - o resto não interessa, é lastro imprestável para qualquer governação - ficará a ser cozinhado em lume brando durante o tempo que os chefes do PSD e CDS quiserem ou puderem. Claro que a imprensa afecta começará já as habituais campanhas, recorrendo até a espionagens , eixos do mal, quadraturas e outras coisas do estilo. As coisas mão vão ser assim tão fáceis como Soares e os outros apêndices PS semi-PSD pensaram. 
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De João Quaresma a 22.07.2013 às 14:42

De cada vez que chegamos a um ponto em que pensamos que não é possível adiar mais as reformas, o facto é que elas não acontecem ou pelo menos na medida necessária. Eu penso que agora não temos remédio, mas o imobilismo político tem sido sempre mais forte.


Em Lisboa existe uma evidente arranjo entre PSD e PP: o PSD deixa o caminho livre para Costa se manter na CML. Qual será a moeda de troca? O PS deixar o caminho livre para Durão Barroso ir para Belém? Maybe..


Um abraço!
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De Equipa SAPO a 22.07.2013 às 09:26

Bom dia,
este post está em destaque na área de Opinião do SAPO.
Cumprimentos,
Ana Barrela - Portal SAPO
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De João Quaresma a 22.07.2013 às 14:11

Boa tarde,


Muito obrigado pelo destaque dado.
Os melhores cumprimentos,


JQ
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De :P a 22.07.2013 às 09:53

 " ...ganhar as próximas eleições com maioria absoluta, dispensando coligações com o CDS..."
  O pensamento mágico em todo o seu esplendor.
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De João Quaresma a 22.07.2013 às 14:44

Que têm interesse nisso agora mais do que nunca, sem dúvida. Se conseguem, é outra conversa.
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De m&m a 22.07.2013 às 10:21

bom dia
pegando na sua ultima frase, "Agora temos nós que fazer reformas a sério, doa aos interesses instalados que doer."
a minha pergunta é:
acha mesmo possivel com estes politicos ser possivel fazer aquilo que tem de ser feito?

cumps
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De João Quaresma a 22.07.2013 às 14:46

A questão não está tanto nos políticos, está antes nos interesses que, de fora, os pressionam para reformar contra os interesses, cá dentro, que os pressionam para deixar ficar tudo como está. E eu penso que os de fora, que têm a torneira financeira da qual o Estado depende, é que acabarão por fazer valer a sua vontade.


Obrigado pelo seu comentário.
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De CarlosMedeiros a 22.07.2013 às 11:41

Globalmente estou de acordo com a sua análise, no entanto, no que diz respeito a Paulo Portas, a minha opinião é exatamente a contrária.
Por interesse ou vaidade pessoal, o certo é que não se deixou capturar pelo politicamente correto e opôs-se a Passos Coelho e á sua teimosia em manter politicas destrutivas, relativamente às quais muitos responsáveis já assumiram que estão erradas, nomeadamente o ex-ministro das finanças.
No fundo não fez mais do que é expectável em democracia, discordar e exprimir essa discordância. Concretamente, com a saída de Vítor Gaspar, entendeu que era altura duma remodelação profunda na equipa governativa, a alteração de algumas politicas e alteração da postura no dialogo com a TROIKA.
A questão é que muita gente acha que democracia é o mesmo que ditadura, mas com eleições de 4 em 4 anos, entre as quais o partido eleito funciona como ditador e não se pode discordar ou criticar.
A Raiva contra Portas virá do facto de ser possivelmente o politico com mais nível na nossa cena politica.
Nota: politicamente estou muito longe de Paulo Portas e do seu partido, mas a verdade é para se dizer. Paulo Portas é o politico mais qualificado do país, em todos os aspetos, por muito que custe a muita gente.
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De João Quaresma a 22.07.2013 às 14:56

Lamento, mas temos visões diferentes nesse assunto. Penso que, desde há dois anos, o que é politicamente correcto é ser contra a austeridade (que foi elevada à categoria de "papão"). O que é mais fácil é ser contra a austeridade e nem é preciso apresentar políticas alternativas, para já não falar em contas sobre o impacto directo nas finanças públicas. Portas aproveitou o momento de fragilidade do Governo para dar o golpe, algo que indignou muita gente dentro do próprio partido e que poderá ter comprometido futuras alianças PSD-CDS.
E não esqueçamos aquela ida dele com António José Seguro à reunião do Clube de Bilderberg, há uns poucos meses. As coisas não acontecem por acaso.
Paulo Portas até poderá ser, como diz, o político mais qualificado do país, a fazer jogadas de poder. Mas para governar, que é isso que mais interessa ao país, decididamente não é, pelo que se tem visto.
Obrigado pelo seu comentário.
Cordialmente,
JQ
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De Anónimo a 22.07.2013 às 17:15

Pois, isso é fácil dizer para quem vive  à conta. Balelas. E é por isso mesmo que a direita vai ser arrasada nad próximas eleições.
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De CarlosMedeiros a 24.07.2013 às 00:07

O que é que entende por governar o País? Estar ao serviço dos grandes interesses financeiros? Como os da Alemanhã, cuja preocupação é que os seus bancos recuperem os fundos que tem distribuidos pelos países do sul da Europa?
Credibilidade para si será certamente aceitar um governo que tem um ministro como Miguel Macedo que a primeira coisa que fez quando chegou, foi tentar sacar um "subsidiozito"? Ou um Presidente que gasta os milhares de Euros que é público para dar o espetáculo deprimente a que assistimos nas Selvagens?
Amigo, por muito que gemam, enquanto tivermos gente desta na politica, sou e serei contra a austeridade que diz inevitável. É que não vejo essa preocupação de austeridade com eles próprios.
Mas o essencial é que esta conversa começou por causa do conceito de democracia. Se para si isto é democracia, eu dispenso.
Mais, vivemos uma grande fraude, a começar pela forma como o anterior governo foi derrubado e como o PSD ganhou as eleições. UMA ENORME FRAUDE e mais cedo ou mais tarde, justiça se fará.
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De Anónimo a 22.07.2013 às 12:41

Sr Nuno Branco. Os resultados serão bastante difetentes do que Seguro pensa? Tem mesma a certeza? Se fosse ao senhor não teria. Aliás, o senhor sabe bem que a direita vai ser arrasada, mas em desespero, tudo tenta para que aconteça o contrário. Tarde demais.
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De Nuno Castelo-Branco a 22.07.2013 às 21:28

Meu caro, não se rale. NUNCA, repito, NUNCA  fui eleitor do PSD e quanto ao CDS, sou bastante intermitente e agora, depois daquilo a que todos assistimos, estarei longe, bastante longe. O PSD esteve demasiadamente envolvido com o catastrófico episódio da "descolonização" e essa mancha não  e apaga, sendo até mais ténue naquelas organizações muito mais à sua esquerda e que actuaram segundo os seus programas, talvez em concerto com os seus tutores estrangeiros. Dadas as circunstâncias da época, acredite que relevo mais facilmente a atitude de Cunhal e dos seus subalternos. 


Há que ser realista e verificará serem as autárquicas um processo muito distinto dos demais. Por isso mesmo existem os tais episódios de "independentes" - alguns são mesmo independentes, há que reconhecê-lo - que facilmente derrotam toda a partidocracia, s ja ela de "direita", de "esquerda" ou de "esquerda-caviar". Quanto aos resultados, enfim, já tenho idade suficiente para me rir a banderiras despregadas das "vitórias retumbantes", esmagadoras maiorias, etc. Tudo se esfuma ao fim de meia dúzia de noticiários. Olhe o PC, ao fim de duas semanas após os resultados eleitorais, está a exigir novas eleições... Até a t-shirtt cor de rosa do CRonaldo tem mais tempo de antena, acredite. 
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De Francisco a 22.07.2013 às 15:58

O nosso maior erro foi termos optado pelo o socialismo (como doutrina e nao como accao partidaria) durante tanto tempo. Agora temos que o reformar a bruta, com toda a gente a chorar. A Uniao Europeia, na sua vertente comercial, nao quer funcionalismo publico de carreira pois nao produz qualquer tipo de riqueza. O Estado e um pessimo economista, e toda a gente sabe disso. A Uniao Europeia quer empresas rentaveis, iniciativa privada rentavel, concorrencia interna e externa. E isso que a UE quer. Por isso, a toda a gente que pensa que o socialismo e que vos vai salvar, e que a 'esquerda' e que tem a solucao, apenas digo sem qualquer intencao de ofensa, para acordarem e  como dizem nos filmes americanos, cheirarem o cafe. Esse tempo ja la vai e permanecer agarrado a uma nao-solucao e mil vezes mais periogoso do que apostar numa nova. Eu como Portugues recuso-me a pensar que o futuro da minha vida depende do Passos Coelho. Isso nao e justo nem para mim e nem para ele. E simples irrealista pensar assim. O meu futuro depende em larga medida da minha acao, e da acao de pessoas que tenham a mesma vontade do que eu. Ja passamos o tempo de viver a nao dar nada em troca, dos direitos teoricos e de tudo para toda a gente como se fosse um direito quasi divino. Agora ha que lutar e trabalhar para tudo. As pessoas que fazem isso e nao conseguem nada, tem que fazer ainda melhor. E e tao simples como isso.
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De Anónimo a 22.07.2013 às 17:55

Com toda a gente a chrar? Tem a certeza? Olhe que não. Olhe que não. Vamos ver se a direita fica no poder. Espere já poelas autarquicas e vai começao o vosso oesadelo. E por muitos e bons anos, pode ter a certeza. Depois, a seguir, vamos ver quem é tratado à bruta e quem chora. E não pense que está garantido, porque se engana.
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De João Quaresma a 22.07.2013 às 22:29

Não concordo muito quando diz que a UE é contra o Socialismo: a UE foi em muitos aspectos conivente com a desgovernação que nos trouxe até aqui, fomentando a política de obras públicas através da atribuição de fundos comunitários para essa área, em vez do desenvolvimento sustentado e baseado na iniciativa privada. Vide a Agricultura e as Pescas.
Obrigado pelo seu comentário.
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De Francisco a 23.07.2013 às 13:07

Penso que nao entendeu o que eu escrevi. Eu nao disse que a UE em abstracto va e contra o socialismo. Disse, em relacao a este aspecto, que PT devia ter reformado o socialismo que pos em pratica durante decadas e decadas a bom tempo evitando assim tudo isto que ja sabemos.  E socialismo aqui deve ser lido como a experiencia portuguesa socialista e nao propriamente como uma accao partidaria dos varios partidos socialistas europeus. Alias, pessoalmente penso que e quase impossivel proceder a qualquer tipo de estudo comparativo politico mas pronto. Foram decadas e decadas  de excessiva contratacao publica, de excessiva intervencao do setor publico na economia, de uma excessiva estagnacao de competitividade, de uma logica de direitos teoricos em vez de deveres etc. Quanto aos setores que menciona, esses sao tradicionalmente os mais dependentes de subsidios estatais. Mas isso nao e apenas no quadro europeu, e assim por todo o mundo independentemente da doutrina politica.

Mas isto tudo e quase irrelevante. Como pode ver pelo o primeiro comentario ao meu post, a maioria da populacao simplesmente nao tem educacao suficiente para perceber isto, para fazer um diagnostico e critica correcta a actuacao politica, algo que impede uma verdadeira viragem para melhor. Apenas consegue analisar recorrendo a uma logica de duelo politico, ganhar um perde outro, eu aposto neste tu apostas naquele, lembrando o futebolismo.
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De João Quaresma a 23.07.2013 às 15:09

Peço desculpa, não tinha entendido bem. E concordo inteiramente com o que diz: décadas de Socialismo instalado a todos os níveis gerando-se uma mentalidade que não entende e rejeita qualquer outra forma de funcionamento. A raiz dos problemas tornou-se cultural. Muito obrigado pelo seu interessante comentário. 

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