por Cristina Ribeiro, em 15.08.13
Para trás ficara o aprazibilíssimo concelho de Cinfães, e regressávamos via Marco de Canaveses. Pensávamos atravessar a cidade sem fazer qualquer paragem, pois que urgia o tempo para visitarmos, já no concelho de Felgueiras, alguns monumentos que integram a rota do românico, no Vale do Sousa. Porém, atravessávamos a ponte sobre o Tâmega, um agrupamento de pequenos edifícios, cujos telhados acusavam antiguidade, fez com que mudássemos de ideias. Soubemos que se situavam eles na freguesia de S. Nicolau, e para lá nos dirigimos.
Estava-se nos fins de Junho, e o local onde se encontravam tais monumentos era muito agradável, verde e fresca que era a envolvência, feita de frondosas árvores.
Logo à entrada do recinto um belíssimo cruzeiro de alpendre, o Cruzeiro do Senhor da Boa Passagem. Ao seu lado, uma igreja que, soube depois, integrava também aquela rota do românico, e, a coroar tão ameno conjunto, um pouquinho retirada, a setecentista capela de S. Lázaro, antecedida de acolhedor alpendre.
Retirávamos já, quando uma lápide prendeu a nossa atenção: nela se relata a defesa da ponte que atravessava ali o rio, pelas tropas chefiadas por António da Serpa Pinto, capitão-mor do Concelho de Canaveses, Soalhães e Tuías, aquando da Segunda Invasão Francesa, impedindo que por ela passassem os homens de Soult - « Não Passaram! ».