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Várias nações estão em competição para ganhar o mais deprezado troféu do desenvolvimento económico e social do mundo. Grécia, Chipre, Portugal e Irlanda são os principais concorrentes que disputam o galardão máximo: o prémio Nobel da Austeridade. O júri composto pelo FMI, a Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu, está a debater há mais de dois anos, e à porta fechada, a atribuição do prémio. Contudo, a decisão a tomar não será fácil, dada a grande qualidade dos seleccionados. A short-list de países pode ser curta, mas os concorrentes querem provar que são os melhores na corrida ao fundo. Convém acrescentar que, embora de um modo formal, não façam parte do colégio de juízes, a Goldman Sachs, a Standard & Poors e a Fitch também participaram no processo de selecção dos países candidatos de um modo muito expressivo. Os Óscares do prejuízo arrastam consigo uma torrente de opinião pública desfavorável e, por essa razão, o prémio a atribuir poderá ser partilhado entre o país ganhador e os seus governantes - a promessa de juros de dívida cada vez mais elevados, despedimentos em massa, cortes na segurança social e falências extraordinárias das funções do Estado. A menos de uma semana da apresentação pública da decisão, as casas de apostas dão como certa a vitória da Grécia ou Portugal. Mal posso esperar pelo evento. Pode ser uma das únicas chances que Portugal tem para levantar a taça. Dizem que nos anos que se seguem o número de candidatos duplicará na Europa e arredores.