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Pelava-me por ter de sobreviver * com 2.000€ mensais.
Daquilo que ontem foi decidido e jurado ao país, apenas se retém algo que fica tão firme como o monte Pão de Açúcar: vão mesmo aos bolsos de Soares, de Sampaio, de Cavaco, de Ferreira Leite - neste caso uma pochette Gucci -, do Almeida "tantos" e claro está, do mais famoso caçador-recolector de maningues, selectos e bem regados serões de charutadas poéticas. Apenas alguns nomes entre centos de outros. Centos, para não dizermos milhares.
Era de esperar o estupor das preclaras entidades da plutocracia e o primeiro ataque começou precisamente pouco depois das cinco da tarde, quando a gralha de serviço deu início ao "opinião pública". Após desvanecidas considerações a respeito dos dois impantes comensais activos que foram ex-residentes em Belém, deu voz a um dos tais pachiças ocasionalmente ajaezados como politólogos, aproveitando este para perorar as habituais banalidades de reconhecida encomenda. É claro que há quem saia sempre em enervadíssimas e patrioteiras considerações quanto à Constituição que deve ser respeitada com o dinheiro sacado na árvore das patacas pertencente aos contribuintes estrangeiros. No entanto e como também seria previsível, houve alguns intervenientes que disseram aquilo que todos sabemos, grosso modo alguns temas incontornáveis:
a) o golpe de Estado constitucional protagonizado pelo inenarrável Sampaio que preside a tudo e mais alguma coisa, abrindo o caminho à "fraude técnica" institucionalizada durante seis anos e à qual não prestou a menor atenção ou controlo.
b) a inépcia soarista durante os seus mandatos como 1º ministro e a hoje bastante esquecida chamada do FMI.
c) um claro apontar do dedo a um certo estranho caso que envolveu o apelido Soares e um grupo que actuava em Angola.
c) a temática mais difícil e sempre escondida pelos empregados do sr. Balsemão, ou seja, aquele absurdo período a que a vulgata regimental apoda de descolonização.
Pois bem, à SIC saiu-lhe o tiro pela culatra e não podendo desavergonhadamente cortar a palavra a quem não lhes interessava, notou-se a ânsia pelo chegar do fim desta "opinião pública". Que alívio!
* O PS, o PC, o BE e a UGT já saíram em auxílio da sobrevivência de ACS, MS, JS, MFL, AS e dos outros centos de pedintes acima enunciados. É comovedor, o Minipreço ficará extremamente prejudicado.