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Talvez alguém me possa explicar porque os evadidos do estabelecimento prisional de Castelo Branco são mais perigosos que os Vale e Azevedos, os Oliveira e Costas e os Jardim Gonçalves deste cantinho à beira-mar plantado? Os primeiros, que a comunicação social diz serem gregários por serem de etnia cigana, não cometerem crimes de sangue. São, para todos os efeitos substantivos e judiciais, colegas dos prevaricadores de colarinho branco mencionados aleatoriamente. Apenas por vestirem de negro e cantarem Flamenco nas horas vagas, não os torna mais perigosos que os outros supracitados (gosto imenso do termo supracitados - poupa-se tinta em malfeitores). Crimes de furto? Uns atrás do balcão, outros à frente. Falsidade de declarações? Uns como estilo de vida, outros na feira ambulante. Extorsão? Uns com consentimento de letra miudinha (e uma assinatura no contrato), outros com o encosto do punho à fuça. Condução de veículo sem habilitação? Uns por não terem carta, outros por terem chauffeur. Como podem constatar, se alinhássemos todos para uma identificação policial, nem sequer daria para descobrir as diferenças - são mesmo parecidos. Os irmãos metralha de Castelo-Branco escaparam às malhas prisionais há pouco mais de um dia, enquanto os "bons rapazes" conseguiram iludir as autoridades durante muito mais tempo. Quem será de facto uma ameaça real para a sociedade?Quem terá causado mais danos à nação? Espero que virem ao avesso os castelos dos grandes senhores, e que não destruam por completo os acampamentos ciganos. Há de facto qualquer coisa de errado no sistema de justiça, nas sentenças aplicadas e no tratamento oferecido pelos meios de comunicação social. Considerados extremamente perigosos? Santa Maria da Feira nos acuda!