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Quinta da Fonte - Relembrar Max Weber

por Samuel de Paiva Pires, em 23.07.08

 

Já cá faltavam os senhores da luta contra o racismo, desta feita um tal de José Falcão da organização SOS Racismo (via Idolátrica). Segundo o indignadíssimo senhor, o Estado tem agido eivado de uma atitude racista perante os indivíduos de etnia cigana.

 

O que tem sido positivo em toda esta onda de indignação é que desta feita, contrariamente ao que talvez estes senhores do SOS Racismo desejassem, as pessoas parecem ter-se finalmente apercebido e indignado com as desmedidas regalias de que usufruem os ciganos em Portugal que, mais uma vez relembro, andam cá há 500 anos e ainda não integraram o aparelho produtivo português.

 

Quanto ao impasse na solução desta questão, continuando a assistir-se às reivindicações da comunidade cigana que o Estado com a sua atitude racista teima em não atender, até porque são completamente normais, apenas reivindicam casas novas sem qualquer contrapartida a não ser talvez as elevadíssimas rendas de 4 ou 5 euros, gostaria de recordar um dos conceitos mais importantes na definição weberiana da entidade estatal e, já agora, convinha lembrá-lo a alguém com competência na hierarquia estatal quanto a esta situação.

 

Um Estado pode abdicar do monopólio do poder ideológico ou económico (daí a liberdade de culto e o laicismo, e o liberalismo económico), mas não poderá nunca abdicar do que Max Weber classificou como o monopólio da força legítima.

 

Recordo-me dos últimos incidentes entre ciganos e a população da pacata vila ribatejana de Coruche, há 2 ou 3 anos atrás, tendo sido um vereador da Câmara Municipal esfaqueado e vários cidadãos agredidos, e só quando grupos de skinheads se preparavam para marchar de Lisboa até Coruche é que o Estado destacou 2 ou 3 batalhões da PSP, no caso para impedir que os Skinheads chegassem a Coruche.

 

Ou seja, para além das regalias, das casas novas praticamente de borla, de auferirem o rendimento social de inserção e subsídios por tudo e mais alguma coisa sem sequer efectuarem descontos e ainda dedicando-se na sua maioria ao tráfico de droga, como se já não fosse o suficiente para indignar qualquer português digno desse nome, o Estado português tem-se ainda pautado pela utilização do monopólio da força legítima em favor dos ciganos contra os que são os seus contribuintes liquídos directos!

 

Portanto resta colocar a questão: quando é que o Estado português vai começar a utilizar os seus recursos para resolver as situações que são da sua exclusiva competência utilizando a força legítima contra os que não se submetem às mais elementares regras de convivência em sociedade?

publicado às 03:50


7 comentários

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De Zé da Burra o Alentejano a 23.07.2008 às 10:10

Este Governo é tão criativo nalgumas áreas e tão pouco noutras que merecem uma reflexão séria e soluções. O problema do crime e delinquência que cresce nos bairros sociais é um problema sério que não tem tido respostas efectivas, porque a sua redução não se nota, antes o contrário.

Uma lei muito simples poderia ser implementada, e que NEM SEQUER PODERIA SER CONOTADA COM QUALQUER DISCRIMINAÇÃO RACISTA OU XENÓFOBA: Porque não cria uma lei que expulse automaticamente dos bairros sociais todos os indivíduos condenados por certo tipo de crimes, como: por tráfico de droga, de armas, assalto à mão armada ou por vandalismo contra o património que lhes foi confiado?

A medida serviria simultaneamente para melhorar o ambiente dos bairros e reduzir o crime em geral mesmo fora deles. É indigno que aquelas pessoas já recebam a nossa solidariedade e depois se portem como muitas vezes todos nós constatamos...

Zé da Burra o Alentejano
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De Nuno Castelo-Branco a 23.07.2008 às 11:26

Queridos leitores,

Os meus melhores cumprimentos.
Para qualquer assunto relativo a post, por favor contactar alguns dos intervenientes no Bairro Alto. Disponíveis todos os dias a partir das sete da tarde, principalmente na Rua da Atalaia, Diário de Notícias e adjacentes. Eles próprios decerto entabularão conversa convosco e neste tempo de canícula, não deixarão de vos propor "pó talco".

Agradecido pela Vossa atenção, subscrevo-me atenciosamente.

Zé Sevilhano Castanholas
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De LUIS BARATA a 23.07.2008 às 16:13

E ninguém tem a coragem de dizer o que está realmente por detrás dos incidentes da Quinta da Fonte: a luta pelo tráfico da droga entre algumas famílias ciganas e algumas famílias negras. Infelizmente nem o Presidente da Câmara de Loures nem o Sr.Ministro Rui Pereira o podem dizer.
Irónico é o facto de que quem vendeu as armas aos negros foram os actuais rivais ciganos.
Racismo não, mas ingenuidade acéfala também não
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De António de Almeida a 23.07.2008 às 16:49

-Recomendo leitura do artigo do JN, "limpeza étnica", assinado por Mário Crespo
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio%20Crespo
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De Pedro Fontela a 23.07.2008 às 18:27

Resposta: quando isso lhe der mais votos do que retira.
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De JMB a 23.07.2008 às 22:23

Percebo, mas não se pode generalizar. Se assim fosse
o mesmo se aplicaria em relação aos "pretos" com certificado CE "cidadães" de Tebas.
Isto não é debate, muito menos "exercício do contraditório".
É só um comentário que estou certo será bem interpretado.

Cumprimentos,

JMB
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De JMB a 23.07.2008 às 22:28

Onde digo "cidadães" queria dizer "cidadões" mas fugiu-me a dislexia para a verdade. Sempre é mais simplex que aquele indivíduo chamado Diogo que ao redigir um documento escreveu em vez de "Diogo", "Digo".
No fim ...
RESSALVA - onde digo digo, não digo que digo de digo, digo que digo Diogo.

JMB

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