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Assunção Esteves, no alto da sua posição de Presidente da Assembleia, sobre a transladação de Eusébio para o Panteão Nacional, diz que "a operação envolve «custos mesmo muito elevados, na ordem de centenas de milhares de euros», a suportar pelo orçamento do parlamento".
Esteves sugere que haja uma partilha dos custos por outras palavras que um grupo de cidadãos ou uma associação pague aquilo que todos deveriam pagar.
Assunção Esteves esquece-se de uma coisa: o orçamento do Parlamento não se deve limitar aos almoços faustosos de faisão, à frota automóvel de luxo e outras bizarrias ainda sustentadas pelos contribuintes. O Panteão Nacional deve albergar os símbolos de Portugal e, tal como Fernando Pessoa ou Amália Rodrigues, Eusébio ascendeu a esse patamar ainda durante a vida.
Eusébio conseguiu o que muitos poucos conseguem. Eusébio conseguiu união. Do mais espantoso de ser ver nos dias que correm, é todo uma sociedade à volta de um "simples" jogador de futebol. Uma pessoa, nascida em Moçambique, que se fez e fez Portugal. Um símbolo de Portugal que só não devia estar no Panteão se for essa a vontade da família, porque ao contrário de Assunção Esteves, é-me difícil encontrar outro português com reticencias em deitar Eusébio onde ele merece.
P.S. (porque não merece mais) As declarações de Mário Soares mostram bem que é o homem. Alguém que não consegue conceber que, em Portugal, exista alguém maior que ele. A snobeira execrável deste "estadista" só pode ser desculpada pela idade avançada. E quem só diz disparates não deve ter palco para o fazer.