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Terá o mau tempo de ontem na capital provocado as cisões no 5 Dias e Corta-fitas?
Quanto à esquerda expoente máximo do politicamente correcto e superioridade moral do 5 Dias não tenho muita paciência para tentar perceber o que aconteceu, resta-me apenas desejar felicidades, enquanto leitor esporádico mas interessado de alguns dos autores, aos que saíram e formaram o Jugular, e aos que se mantêm no 5 Dias.
No caso do Corta-Fitas, pela amizade que nos liga particularmente ao Paulo Cunha Porto e ao João Távora, é de lamentar o sucedido, o que já revelámos aos próprios a quem esta humilde casa estará sempre aberta, bem como a qualquer outra pessoa, da esquerda à direita, dos monárquicos aos republicanos, dos liberais aos conservadores etc etc.
O segundo caso, em particular, em conjunto com certos preconceitos que por vezes assolam as cabeças mais ou menos livre pensadoras de uma sociedade, as mesmas que não se imiscuem de acusar a torto e a direito de "fássistas", "comunas" ou outros adjectivos igualmente interessantes aqueles que não compreendem, fingem não compreender ou não querem mesmo compreender, faz-me pensar que algo está mal quando na própria blogosfera a tolerância e a liberdade de expressão deixaram de ser o que eram.
Aqui, nesta despretensiosa e modesta casa preferimos continuar a ser iguais a nós próprios, mais liberais ou conservadores, mais à esquerda ou à direita quanto as nossas consciências nos ditem ser a forma de análise dos diversos assuntos. E como acreditamos na liberdade de expressão linkamos e referimos blogs da esquerda à direita, dos mais liberais aos mais conservadores, dos republicanos aos monárquicos, dos nacionalistas (fascistas para muitos...) aos comunistas, porque todos têm algo eventualmente válido a dizer e a ensinar.
Nunca nos será possível, a nós humanidade, entender a essência do fenómeno da política se nos deixarmos ficar por lógicas reducionistas, atomistas e muitas vezes maniqueístas. E para tal há que recuperar muito da lógica liberal de John Locke e/ou de outros teóricos da tolerância ou da liberdade individual (Espinosa ou Stuart Mill por exemplo), para podermos seguir num sentido de cosmopolitismo, modernidade, quiçá até mesmo pós-modernidade, que tenha a compreensão e, mais uma vez, a tolerância, na base das relações entre os homens.
Vamos tentando, prosseguindo como podemos...