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A Margarida Pereira tem-me insistentemente solicitado um breve esclarecimento acerca de uma alegada "controvérsia" quanto à representação da Casa Real. Não existe controvérsia alguma, pois o actual Duque de Bragança, D. Duarte Pio é o único e exclusivo representante da dinastia, como os seus numerosos parentes o reconhecem, alguns deles sentados em todos os tronos existentes na Europa. Tudo o que mais se possa inventar, não passa disso mesmo: invencionisses. Aliás, há muitos anos existia uma banda desenhada muito engraçada, que se chamava o Califa e o Grão-vizir. Este último ambicionava ser califa-no-lugar-do-califa e por isso mesmo, sofria todo o tipo de contratempos, alguns bastante desastrosos que chegaram a colocá-lo na cadeia por fraude. Ora isto aplica-se exactamente a todos os que por aí andam a fazer o tirocínio para o Júlio de Matos. Num caso, trata-se de mero despeito, como aqueles fulanos que no campo oposto, ficam furiosos por o "presidente da república" não os fazer nobres da dita cuja, armando-os cavaleiros de uma das mutiladas ordens a distribuir no 10 de Junho. O outro caso, enfim, aplica-se ipsis verbis a um outro muito semelhante, embora mais interessante: o da Anna Anderson, que se fazia passar pela czarevna Anastásia Romanova. Como pedra tumular para o caso, escolheria um monolito ao estilo faraónico - dado tratar-se de megalomania -, onde seria esculpida a seguinte inscrição: "A todos os hipotéticos e pouco credíveis descendentes "de mão esquerda" dos reis de Portugal que alegadamente tanto contribuíram para povoar o reino com copiosas proles de incógnitos. No século XXI as suas sementes medraram em algumas centenas de milhar de indivíduos".
Esclarecida, Margarida?