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(imagem picada daqui)
Histórico, dizem eles. Tal como referiu a Cristina, é ler os posts de Carlos Barbosa de Oliveira e de Carlos do Carmo Carapinha. Concordo plenamente, não só Obama e Mccain deram uma lição de civismo político à Europa, especialmente à Europa do Sul, como ainda vai ser extremamente aprazível observar a partir de agora as reacções da esquerda anti-americana em relação a Obama. Fidel e Chávez, por exemplo, parecem muito contentes com este resultado, vamos ver como vão acondicionar esta variante ao seu discurso até porque, é preciso não esquecer, o anti-americanismo de Hugo Chávez tem sido fulcral para a velha lógica de promoção de um inimigo externo por via a consolidar a coesão interna, o que se torna ainda mais premente num regime tendencialmente populista. Já agora, a respeito disto, vou brevemente publicar aqui no blog um trabalho apresentado hoje na faculdade, que me ocupou especialmente na última noite, sobre a política externa venezuelana.
Vai ser também curioso assistir às reacções da esquerda cá do burgo nos próximos anos, numa altura em que o seu alvo de estimação altera essencialmente ao nível cosmético a sua política. É que os seres humanos, especialmente os que se preocupam com a política, têm uma necessidade lógica de ter inimigos, quanto mais não seja para se definirem a si próprios, pelo que resta aguardar para ver para onde vai ser reorientada a bílis da esquerdalhada.
O que é certo é que para além de que Obama acabará por desiludir quando se materializar no cargo para o qual foi eleito e descer do Olimpo onde muitos o colocaram, pelo menos durante algum tempo vamos deixar de ouvir as ignóbeis tiradas dos que se dizem anti-americanistas, o que, a nível mundial, granjeia desde já a Obama e aos Estados Unidos uma oportunidade histórica para mudar a perspectiva que o mundo tem da superpotência, que, seria óptimo se fosse aproveitada.
De qualquer das formas, vamos aguardar para ver o que nos espera. Entretanto disseram-me que Obama convidou Mccain para fazer parte da administração, alguém me pode indicar se isso se confirma?
Para finalizar, o que acho mesmo muito interessante é a reeleição de 4 luso-descendentes para os senados estaduais, especialmente a de Teresa Paiva-Weed para Rhode Island, por motivos óbvios :p).