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Um dos mitos propagandeados pelos arautos e escribas da república de 1910, foi a falsidade de um regime de paz e liberdade. Sabemos hoje que as cadeias abarrotavam com milhares de presos, onde a fronteira entre o delito comum e a política era bastante ténue. O tratamento vexatório dado às vítimas da perseguição sectária, indignou a Europa e a América, desprestigiou completamente o nome do país e criou as sementes do aparelho repressivo que medraria em Portugal ao longo da maior parte do século XX. O capuz imposto aos presos era um resquício medievalesco, bem sintomático da ..."indignidade do tratamento infligido aos presos políticos durante os primeiros anos da república"...
Há ainda a destacar o importante papel desempenhado pelos bandos de caceteiros a soldo do partido hegemónico do regime (os "democráticos" de Afonso Costa) que sob o sugestivo nome de Formiga Branca, veriam novas oportunidades de acondicionamento profissional, quando da sua reciclagem na PVDE/PIDE. Nada se perde, tudo se transforma.