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Belém, 28 de Novembro de 2008
Fi,
É impressionante a forma como as palavras vão perdendo sentido quando imponentes gestos florescem do nada; a derradeira teoria é derrotada com o mais simples toque, e o ser-se humano torna-se relativo.
Compareces hoje à porta da dourada e negra entrada na vida adulta. Digo-te que os encantos da liberdade rapidamente se confrontam com todo um rol de encargos que nos fazem questionar se queremos realmente crescer. A única certeza que te posso dar é que enquanto eu andar por aqui, terás sempre um porto de abrigo e a minha amizade e amor incondicionais.
Não é segredo que tens sido um dos mais fortes pilares da minha nova vida, aqui longe de casa e da meninice de que tanto sinto falta. Leio dos teus lábios as mais profundas histórias de amor surreal que me deixam inerte e atento a cada pormenor.
Fui invadido por uma orgia de sentimentos de uma forma tão exposta, mas no entanto tão hermética que pareço carregar aos ombros o maior segredo da história da humanidade. Toda a mística que nos tem envolvido tem um toque de demanda do Santo Graal, a procura infindável de detalhes nas mais pequenas coisas que compõe o nosso dia-a-dia, sempre com o olhar no infinito e na realização.
Passemos então pelos Jardins de Belém, ou pelos de Éden se preferires, contemos mil e uma mentiras a cada arbusto e façamos da conspiração o ópio da Natureza viva. Dêmos as mãos. Façamos de cada passo um caminho.
Que futuro? Nada espero senão tudo. A descoberta da verdadeira alquimia, aquela que transforma qualquer sentimento em amor, aquela que enlouquece apaixonados e não gananciosos, ignorando a emancipação dos objectos.
Muitos Parabéns!
Adoro-te.