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Tendo em consideração que não é pensada a médio e longo prazo, pode-se arriscar dizer que não existe verdadeiramente política externa portuguesa.

 

Goste-se ou não, a última vez que foi pensada como uma política externa foi durante o regime do Estado Novo.

publicado às 19:09


4 comentários

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De Nuno Castelo-Branco a 28.11.2008 às 19:26

E por causa de quê?
Vejamos: o Portugal saído do golpe de 1926, estava numa situação desastrosa e a ameaça - de novo - da partilha das colónias, era ainda bastante possível de se concretizar, num cenário internacional em que os totalitarismos levantavam a cabeça e procediam às reivindicações territoriais e económicas que conhecemos.
Durante a II GM, a posição portuguesa era difícil e só a política que conscientemente foi seguida, possibilitou a não invasão pelos alemães, ou mais tarde, pelos americanos. No pós-guerra, com os chamados "ventos da história", os Nehrus, Sukarnos e Nassers, urgia proceder cautelosamente e o ingresso na NATO foi importante. Durante a Guerra de África, tivemos os nossos "aliados EUA" contra nós e a política externa nacional via-se encurralada na ONU e na própria aliança em que participávamos. Existiu um vestígio de política externa durante este regime: o caso de Timor assim obrigou. Agora, é o show-off das missões de paz para promoção não sei bem do quê ou de quem. Concordo com uma certa intervenção, mas desde que isso corresponda aos nossos interesses.
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De Samuel de Paiva Pires a 28.11.2008 às 20:23

É o tal termo-nos tornado reféns da UE, que contribui também para que a nossa política externa seja em larga extensão meramente reactiva.
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De João Mattos e Silva a 28.11.2008 às 20:37

Integrando Portugal a UE - e do meu ponto de vista, bem - temos uma política externa de curto e longo prazo que se coaduna com os interesses dessa mesma UE que são, em muitos aspectos os nossos, embora com espaços de afirmação nacional, como é o caso das relações com os países de expressão portuguesa, com a China e com a Índia, por exemplo, tendo em vista preservar em Macau ou em Goa, a herança cultural portuguesa. É, obviamente, diferente da anterior ao 25 de Abril de 1974, quando Portugal estava "orgulhosamente só", quixotescamente lutando contra o mundo. O resultado foi o que se viu, sem honra nem glória.
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De Samuel de Paiva Pires a 28.11.2008 às 21:18

Longo prazo caro João? Não há uma definição de interesse nacional e de objectivos a alcançar com a política externa e como costuma dizer o Professor Adriano Moreira, corremos o risco de nos tornarmos um estado exíguo. Quanto à política externa do Estado Novo há que dividi-la em pelo menos 2 períodos, pré e pós II Guerra Mundial. E no 1.º foi de uma mestria estratégica inigualável.. No 2.º sim, concordo, foi o tal resistir aos "ventos da história" que nos prejudicou, mas ainda assim, o interesse nacional e os objectivos estavam definidos, quer se goste ou não, bem ou mal, existia uma política externa. Actualmente, não existe, na acepção clássica de política externa.

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