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O Corcunda, desta feita no Portugal Contemporâneo, sobre o erro do liberalismo:
O Liberalismo tinha como pretensão a construção de uma ordem político-moral meramente humana e racional, originada da participação individual (democrática) e em que os pressupostos da vida social, cristalizados na expressão arbitrária “Direitos Humanos” (uma corruptela das prioridades políticas do Cristianismo) são defendidos de forma instantânea e benevolente pelos cidadãos. Milenarismo no seu melhor. O resultado de tudo isto foi uma sociedade em que a racionalidade não tem uso (a maioria é o argumento último da política, ou o a verdade é remetida para o reduto da opinião), em que os valores são meros reflexos do poder dominante, e por isso inquestionáveis (quem já tentou escrever alguma coisa contra os Direitos Humanos sabe do que falo...) e em que a única concórdia se faz pela submissão cega ao Poder, que comporta a repressão de todos os outros. É evidente que a neutralidade liberal, que tinha como objectivo encontrar o ponto objectivo que permitiria estabelecer uma nova justiça, não passa de mais uma proposta tão subjectiva como qualquer outra que tenha mera origem humana. Esta liberdade autonómica permanece repleta de significados metafísicos, sem os quais uma escolha entre liberdade, segurança, igualdade ou justiça é impossível. Um falhanço monumental.
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publicado às 00:42