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Acabar com o gozo: Escola Profissional de Coruche

por Samuel de Paiva Pires, em 05.12.08

 

aqui tinha falado sobre um certo episódio em que a direcção dessa escola que frequentei entre 2001 e 2004 me obrigou a utilizar determinada indumentária, apesar de eu nem sequer ser natural de Coruche, apenas em 2001 fui para lá residir, facto que em si também explica muita coisa, mas adiante.

 

Esta escola foi aberta precisamente em 2001 e foi a minha 4.ª opção na altura de ingressar no 10.º ano, tendo acabado por contrariar a minha mãe que pretendia que eu seguisse o curso normal do ensino secundário. O meu mau feitio e infantil ânsia pela independência, isto é, por sair de casa, fez-me enveredar por esta via, feliz ou infelizmente.

 

Durante aqueles três anos participei em projectos como os Jovens Repórteres para o Ambiente, Hemiciclo, Euroscola (nos quais, passe a imodéstia, desempenhei um papel fulcral, raramente valorizado pelos professores ou pela direcção, o que me irritava na altura, talvez por falta de maturidade), em conjunto com colegas e amigos que formavam um grupo sem o qual também não teria sido possível vencer nesses diversos projectos e com isso projectar o nome da escola como muitos não imaginariam ser possível para uma escola tão recente.

 

Fiz também parte da associação de estudantes durante o 10.º e 11.º, tendo sido um dos mais ferozes críticos da direcção da escola, chegando até a organizar em conjunto com um dos meus grandes amigos uma greve em relação ao bar, posto que praticavam preços elevadíssimos e, inclusivé, o preço do almoço era ilegal de acordo com a legislação de um programa que financiava as escolas profissionais, salvo erro, se a memória não me falha, o Prodep. O resultado traduziu-se apenas pela redução dos preços em alguns produtos e numa reprimenda à minha pessoa e a esse meu amigo.

 

No Sábado passado realizou-se uma jantar e cerimónia de entrega dos diplomas aos recém-formados tendo sido ainda convidados os ex-alunos dos primeiros anos de existência da escola. Para começar, 20 euros para comer de entrada um crepe com maionese e uns bocados de cenoura e alface, uma sopa sem grande sabor e uns sensaborões bifinhos com cogumelos foi, mais uma vez, um gesto de arrogância e gozo para com muitos daqueles a quem também em 2004 tinham dito que ficaríamos num excelente hotel durante a nossa estadia em Estrasburgo - o Formula 1, no caso, utilizado para a prática da prostituição, cujos lençóis se encontravam num estado do qual é melhor nem falar.

 

Foi particularmente apreciável quando a directora da escola se aproximou de nós para nos dizer que o jantar tinha sido especialmente preparado a pensar em nós. Só nos faltou cair o queixo. Eu só pensava que com esse dinheiro ou pouco mais poderia ir jantar a alguns dos melhores restaurantes de Lisboa, e que ainda há 3 semanas, por esse preço, jantei  um belo pedaço de ganso na Torre da Tv em Berlim.

 

A dada altura chamaram todos para a fotografia, excepto os antigos alunos que já tinham recebido o diploma, e todos ficámos estupefactos com aquela falta de consideração e falha de protocolo com a qual se desculparam dizendo apenas que nós já tinhamos recebido os nossos diplomas. Reconhecimento seja dado a um dos professores que sempre nos apoiou e que se prestou a tentar, ineficazmente, chamar a atenção para tal falha. Depois de alguma confusão com muitos dos meus colegas, que antes eram bem mais calmos que eu nas críticas, visivelmente chateados, pois estávamos mais uma vez a fazer figura de "ursos", acabei por, apesar de, ironicamente, estar a quebrar o protocolo (como referi logo no início do breve discurso), solicitar ao mestre de cerimónias, um professor que demonstrou uma grande coragem (se fosse outro qualquer e sabendo da crispação passada entre a minha pessoa e a direcção provavelmente não me permitiria tal atrevimento), que me deixasse endereçar umas breves palavras de reconhecimento a esses meus colegas, tendo posteriormente sido simbolicamente, embora talvez contrariados, fotografados. Alguns disseram que fui muito "político" ou "macio", eu preferi dar a entender o que era necessário a quem era necessário e não enxovalhar fosse quem fosse. É no entanto de assinalar a preocupação da directora que quando se apercebeu que eu ia discursar veio logo ter comigo dizendo que eu tinha sido o melhor aluno da escola e que me valorizava muito, ao que respondi com um sorriso amarelo e dizendo que não precisava de se preocupar.

 

Não acabaríamos no entanto a noite sem ter sido gozados mais uma vez. Depois de terem anunciado que tinham umas lembranças para nós, qual o nosso espanto quando nos apercebemos que essas lembranças eram, nada mais nada menos que, uma embalagem de bombons por cada turma.

 

Ainda acabei por fazer questão de tirar uma fotografia com a directora, que inclusivé acabaria por me convidar para dar aulas na escola após terminar a licenciatura (o que eu me ri por dentro).

 

Para culminar, a nível pessoal, logo no início do jantar pediram-me para dar uma entrevista a um jornal do distrito de Santarém, "O Mirante", a que simpaticamente acedi. Entrevistaram-me a mim, enquanto universitário, e a um outro colega enquanto trabalhador formado pela escola. Não que eu fizesse particular questão, mas já que me entrevistaram, gostaria de saber porque estranhamente nem sequer se dignificaram a colocar tal entrevista no artigo de hoje sobre este evento. É que eu, passe mais uma vez a imodéstia, já não sou um miúdo de 16 ou 17 anos, não devo nada a ninguém dessa escola, pelo contrário, e entrevistas dessas deviam ser pagas. Se houver uma próxima, prontamente declinarei. Mas como disseram muitos dos meus colegas, não haverá próxima,  não vale sequer a pena voltarem a convidar-nos para coisas deste género, já estamos fartos de ser gozados. E, aliás, sabem-no tão bem quanto eu, muito mais haveria para contar. Só ainda não consegui entender o que ganham em ser assim, mas sejam felizes pois então.

 

Para concluir, noto apenas que isto só reforça algo que faço desde que entrei na universidade: não incluir qualquer referência à Escola Profissional de Coruche no meu Curriculum Vitae. Não o merecem, e ficou definitivamente provado que tenho razão em assim agir.

publicado às 14:33


23 comentários

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De Nuno Castelo-Branco a 05.12.2008 às 18:21

Desculpa-me, mas não pude deixar de rir! Mas estavas à espera de quê, quando o próprio palácio de Belém é perito em gaffes de protocolo. Pelos donos se vêem os animais. Ou será exactamente o contrário?!
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De Samuel de Paiva Pires a 05.12.2008 às 19:38

LOL pois secalhar até é mais ao contrário... Eu dali já não esperava nada, já ia mesmo mentalizado para algum tipo de palhaçada, a partir do momento em que nos pedem 20 euros por um jantar, e obviamente já sabia que não ia jantar nada de jeito. Aliás, coisas do género foram feitas várias vezes para encher a conta bancária da escola, enfim... E quanto ao protocolo, de facto não se pode pedir muito àquela gente...
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De Lady-Bird a 05.12.2008 às 18:21

bem... são tão simpáticos e bem-educados...
a formação também é assim boa?
O Samuel é um Ganda Maluko, então ir para a escola profissional de Coruche? estava a pedi-las... lol
Beijinho
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De Samuel de Paiva Pires a 05.12.2008 às 19:36

A formação até que não é má de todo, tirando uns poucos professores (há sempre ovelhas ranhosas não é?). Se bem que a nível de exigência deixa muito a desejar...A direcção é que é mesmo aquilo que este breve post deixa adivinhar...

Pode crer que estava a pedi-las lol Lady Bird, mas olhe que pelo que sei da secundária lá daquela terrinha, também não é muito melhor. Creio que é mesmo algo endémico das gentes daquela região/vila, não admira que poucas vezes lá vá, apenas para ver família e amigos, nada mais.

Beijinho
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De Sebastião Brandão de Mello a 05.12.2008 às 19:15

Samuel, continuamos sem ter o prazer de ver essa tua tão famosa fotografia vestido de forcado... de certeza digno de se ver!
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De Samuel de Paiva Pires a 05.12.2008 às 19:21

LOL Sebastião clica no primeiro link logo no início do post, ou então vai directo por aqui: http://estadosentido.blogs.sapo.pt/255197.html

E depois ri-te :p)
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De JMB a 05.12.2008 às 23:08

Pois ...
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De Mourao a 07.12.2008 às 15:46

Pois... comedido... mas hoje em dia a escola profissional de Coruche é um caixote do lixo... basta passar à porta no periodos dos intervalos para ve-las de cabelos oleosos por falta de higiene, eles com calças sebentas sentados no chão e todos eles (alunos) em gritos e risos histéricos porque é fino usar palavrões ,na sua linguagem, que até fazem "corar as pedras da calçada"; tudo isto acontece à porta da escola profissional de Coruche,,, será que a direcção desta escola gosta de ouvir este tipo de palavreado ou os elementos de mesma e retantes professores são oradores do mesmo tipo de grunhidos?
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De Anónimo a 11.12.2008 às 13:27

Comentário apagado.
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De Samuel de Paiva Pires a 11.12.2008 às 18:41

Cara senhora

Cresça, apareça e não fale do não que sabe. Eu não tenho medo da democracia e da liberdade de expressão, não precisa de insinuar sequer que eu iria apagar o seu comentário, pode ir ao ínicio do blog que estão lá comentários desrespeitosos à minha pessoa, e nunca tive problema nenhum com quem fala mal de mim - como se costuma dizer, falem mal ou falem bem o que interessa é que falem, e bad publicity is always good publicity, além do mais, tenho as costas largas e calejadas.

Mais lhe digo, novamente, não fale do que não sabe, porque se eu e os meus colegas abríssemos a boca a sério muita gente teria que encontrar buracos para se enterrar para evitar morrer de vergonha, sem contar com uma inspecção do Ministério da Educação às costas... Eu tive para publicar de facto no dia 29 de Novembro um post sobre o que se passou, mas pensei duas vezes e queria ver o que vinha no jornal. É que, mais uma vez, nem sequer uma referência aos meus colegas. Não é sequer por mim minha senhora, não devo nada a ninguém dessa terra e não preciso que publiquem seja o que for sobre mim, já estou muito mais "à frente" dessas labreguices do que essas mesquinhas mentes alguma vez estarão ou compreenderão. E quanto ao jornal em si, é muito estranho incomodarem-me para dar uma entrevista e depois não aparecer, mas como os tentáculos da gentinha que manda nessas escolinhas chegam muito longe... E caso não saiba, eu já tive textos publicados no Público, já fui convidado por 2 vezes para ir ao Rádio Clube Português, e o Estado Sentido é um dos blogs mais lidos do país. Não me aquece nem arrefece esse tipo de 15 minutos de fama que a essa gentinha são tão caros, nos jornais e radiozinhas da terrinha. Pobres figuras vocês fazem...

Forte e corajoso...forte e corajoso foi o que nunca ninguém nessa escola foi, cínicos, inúteis e mesquinhos, que quando não precisavam de mim me desprezavam e tratavam com desdém e quando precisavam só falta abrirem as pernas. Mas isso é coisa comum nas gentes de Coruche... Se quer saber o que é ser coerente, honesto, sincero, obedecer a princípios e, como diz, forte, não se meta com essa gente...

Quanto à minha pessoa, dizem que sou parvo e cheio de manias. É normal, não obedeço à norma do que é ser um comum coruchense, tenho a mania da irreverência e rebeldia e, pior que tudo, o que vos causa mais irritação, não sou natural de Coruche. É a mesquinhice a trabalhar...

Veja lá é se não são essas gentes em massa que algum dia vão parar ao hospital dos tontinhos. Alguns até já estão fartos de ser gozados e achincalhados e ainda não se "enxergam" como dizem os brasileiros...

E pode estar descansada, tal como já disse no post, não voltarei a pôr os pés em qualquer evento dessa escola.

Já agora, "ele já está a pagar as suas ousadias" - assim se vê a habilidosa capacidade de tolerância e democracia que grassa nessas gentes e em si própria. Cresça e apareça, de facto e não cuspa para o ar que o cuspo pode-lhe cair na cara.

Volte sempre

Samuel
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De maria do castelo a 17.12.2008 às 14:48

Cara Sara Zenha, não invoque nome de deus em vão, ter fé não significa acreditar no que se escreve, no que se diz e no que se faz.
A senhora sabe, que essa escola é um nojo e se a senhora diz que não lhe cabe a si defender a escola profissional de Coruche , mantenha-se no seu cantinho, porque a si também lhe vão chegar há pavana .
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Cara Sara Zenha, não invoque nome de deus em vão, ter fé não significa acreditar no que se escreve, no que se diz e no que se faz. <BR>A senhora sabe, que essa escola é um nojo e se a senhora diz que não lhe cabe a si defender a escola profissional de Coruche , mantenha-se no seu cantinho, porque a si também lhe vão chegar há pavana . <BR class=incorrect name="incorrect" <a>Nao</A> pense, que lá por estar tão assanhada a defender essa escola, que lhe vão aumentar o ordenado, provavelmente ate ira estar longos meses, há espera que cumpram o prometido... <BR>A senhora nem é cá da zona, não conhece as pessoas, nem sabe do que está a falar, ao passo que eu nasci cá... <BR>
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De Samuel de Paiva Pires a 11.01.2009 às 15:01

Ao cuidado de Sara Azenha

Fui obrigado a apagar o seu comentário em virtude de ter recebido um e-mail que me ameaçava com um processo em tribunal por difamação, contra mim por ser proprietário do blog. Como já estou a ficar habituado a andanças na justiça, salvei a página e anteriores comentários, caso alguma vez pensem em brincar, segue imediatamente com uma denúncia para a Polícia Judiciária.

Nos blogs, cada pessoa é responsável apenas pelo que escreve, comentários de outrém não são passíveis de gerar processos judiciais contra proprietários dos blogs. Porém, por respeito à pessoa que me solicitou que apagasse o seu comentário, assim o fiz.

Melhores cumprimentos

Samuel de Paiva Pires
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De Anónimo a 11.09.2009 às 12:43

Samuel, fiquei estupfacta com o que li no seu blog. Lamento. O menino que conheci era bem mais humilde, respeitador e sem manias de superioridade. Cuidado, não se transforme num daqueles políticos sem moral nem piedade que só gostam de cuspir no prato da sopa que um dia alguém lhes deu.
Se não gostava de lá andar, porque ficou os três anos ? Não foi acarinhado por algumas pessoas ?Respeite-as. Não desaponte mais as pessoas da EPC que gostavam de si nem despreze o povo de Coruche que é simples, modesto e trabalhador. Fico triste de ver como está essa sua cabeça.
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De Samuel de Paiva Pires a 12.09.2009 às 16:21

Caríssima Professora Elisabete,

O menino que conheceu cansou-se de andar a ser pisado e gozado. Não confunda humildade com subserviência. Respeito foi virtude que não aproveitou à administração da escola em muitas situações, no que concerne ao trato com os alunos. De resto, este assunto para mim está mais que encerrado, apesar de este texto continuar a incomodar muita gente, ao que parece... Tenho um singular gosto pela verdade e pela transparência, enfim...

Cumprimentos,

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