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De há uns tempos para cá, como se não chegassem os epítetos que muitos me têm atribuído, tenho vindo a ser apelidado de conservador por quem lhe tenta dar um sentido pejorativo. Eu que abertamente me declaro como tal, ainda não consegui perceber, mas ser conservador é uma coisa negativa? E eu não posso ser um liberal-conservador, como ainda há tempos me classificava neste post? E o que é afinal o conservadorismo? E o liberalismo?
Eu sei que sou politicamente esquizofrénico, e adoro confundir as pessoas afirmando defender ideias aparentemente opostas, assim colocadas através de dialécticas criadas de forma quase inconsciente, quando os conceitos se desprendem da teoria e ganham vida e aplicação na realidade e consequentemente corpo histórico. Mas eu detesto rótulos padronizados. Pior, em certa parte sou bastante adepto do relativismo e de colocar em causa todos os dogmas e conceitos. Muitas das conclusões a que chego não lhes atribuo qualquer conotação positiva ou negativa de acordo com qualquer ética ou moral como a maior parte dos indivíduos parece fazer, pelo menos os políticos e os aspirantes a tal. São conclusões, conceitos, posições teóricas ou ideológicas, e não têm necessariamente que ser politicamente correctas ou obedecer à norma. Tento, isso sim, alcançar uma neutralidade e sentido crítico, de análise e de abordagem, tanto quanto possível. E por isso às vezes sinto que tenho que explicar muita coisa que é para mim evidente e que frequentemente colide com o que é aceite pela norma. E isso agasta-me.