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O mais importante não é o sapato atirado a Bush...

por Samuel de Paiva Pires, em 16.12.08

...são os seus reflexos dignos de um cowboy habituado à violenta trepidação sentida em cima dos animais nos rodeos!

 

 

 

De salientar ainda as palavras de Nuno Gouveia sobre o contentamento da extrema-esquerda relativamente a este incidente:

 

Como se nota pela leitura de alguns blogues portugueses, muita gente ficou satisfeita com o acto do jornalista iraquiano. Sabemos bem como estas pessoas encaram a democracia. Mas se estas pessoas reflectissem, pensariam um bocado no que teria acontecido a este jornalista, se o visado tivesse sido Sadam Hussein. Ou algum dos déspotas que passam a vida da defender.

publicado às 00:50


6 comentários

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De Nuno Castelo-Branco a 16.12.2008 às 01:50

E são exactamente os mesmos que acharam muita gracinha ao antigo +carrasco de ucranianos, o sr. Nikita Kruschev, quando este, em plena ONU, resolveu bater com o sapato no plinto de onde falava.
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De Ana Vidal a 16.12.2008 às 02:41

Samuel, eu não sou da extrema-esquerda nem defendo déspotas. E não posso dizer que fiquei satisfeita com o acto do jornalista iraquiano (que pagará bem caro a gracinha, talvez até com a própria vida) mas apenas que o compreendo muito bem. E que Bush estava a pedi-las. E que um sapato é muito pouco para o que ele merecia, apesar do insulto que o gesto implica.

Experimente fazer um exercício simples: pôr em prática o velho ditado inglês que diz "put yourself in one's shoes", já que é de sapatos que falamos. Você é iraquiano (não americano nem europeu, e não está sentado no seu sofá confortável mas numa qualquer rua de Bagdad, que a qualquer momento pode ser bombardeada) e de repente tem à sua frente o homem que considera responsável por todas as suas desgraças dos últimos anos: um número arrepiante de amigos e conhecidos mortos, o seu país destruído, uma guerra que não tem fim à vista (ou, se o tiver, vai ser ainda pior), falta de todos os bens essenciais, a total incerteza sobre o que resta de tempo de vida à sua família, etc, etc... Diga-me só, honestamente: o que faria?

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De Samuel de Paiva Pires a 16.12.2008 às 22:06

Ana mas eu concordo absolutamente com o que diz, e achei piada tanto ao acto do jornalista como à forma como Bush encarou a situação! Eu só pretendia chamar a atenção para o facto de a extrema-esquerda cá do burgo se deliciar com este incidente, a mesma extrema-esquerda que propagandeia os Che, Fidel, Kim-Jong-Il, Estalin e afins deste mundo, onde dirigiram(em) regimes muito abertos à liberdade de expressão...
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De João Pedro a 16.12.2008 às 17:26

Eu confesso que também achei piada. Talvez assim a criatura tenha ficado um pouco mais elucidada acerca do que os iraquianos pensam dele.
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De Luis a 17.12.2008 às 09:13

Posso estar enganado, mas provavelmente a história não irá esquecer este episódio, tanto mais que ficou gravado em vídeo: por um lado, o cowboy insolente a furtar-se facilmente aos ataques dos miseráveis praticamente indefesos a quem levou a destruição e a morte; por outro lado, a rejeição pelos iraquianos da cruzada missionária levada a cabo em nome dos "valores" ocidentais a que o Catolicismo chama o pecado da cobiça. Não percebo por que razão se chama extremista de esquerda a quem não aplaudiu a invasão do Iraque, mas enfim, actualmente cada um tem o seu próprio conceito dos valores católicos.
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De Samuel de Paiva Pires a 17.12.2008 às 21:42

Luis eu também não fui a favor da invasão do Iraque, e inclusive na altura dizia em casa que não iriam encontrar armas de destruição massiva porque essas não existiam. Mas a extrema-esquerda cá do burgo é um pouco incoerente, foram contra a invasão do Iraque, agora aplaudem este incidente, ao passo que defendem movimentos como as FARC ou personagens hediondas como Mao, Estaline ou Kim Jong Il. E este senhor jornalista teria sido um herói é se tivesse feito o que fez nos tempos de Saddam Hussein. Pelo menos uma coisa isto confirma, a invasão do Iraque trouxe ao país a democracia e a liberdade de expressão no seu pior esplendor, isto é, só com tais preceitos se permite que alguém diga ou faça coisas idiotas. De resto, continua a ter imensa piada tanto o atirar dos sapatos como a forma como Bush se desviou e gracejou acerca do incidente.

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