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Um país à beira de ser vendido?

por Samuel de Paiva Pires, em 02.01.09

 

(imagem picada do Público)

 

Portugal não pode continuar, durante muito mais tempo, a endividar-se no estrangeiro ao ritmo dos últimos anos.


Para quem ainda tivesse dúvidas, a crise financeira encarregou-se de desfazê-las.


Como é sabido, quando a possibilidade de endividamento de um País se esgota, só resta a venda dos bens e das empresas nacionais aos estrangeiros.

 

São afirmações do Presidente da República, Cavaco Silva, na sua mais recente mensagem à nação. E fez-me lembrar o que já há tempos escrevi e que venho pensando de algum tempo a esta parte, em jeito de adenda ao post do Nuno:

 

Eu tenho uma "teoria" que carece de fundamentação que é a de que o arrendamento será um mercado muito mais sustentável e proveitoso. Porque as pessoas não se "enforcarão" durante 20, 30 ou 40 anos, porque têm muito mais flexibilidade para mudar de casa em qualquer circunstância (mudança de emprego, desemprego, saída do país) e, principalmente, porque em vez de pagarem ao banco, que por sua vez paga à banca na qual se endividou, o dinheiro mantém-se entre os consumidores, ou seja, com efeitos mais práticos a nível do desenvolvimento da economia real. Mas como eu não percebo nada de economia, isto até pode estar errado.

 

Aos empréstimos das famílias juntem-se os empréstimos das empresas e o panorama começa a não ser o melhor. Se a nossa capacidade de pagamento dos empréstimos/dívida externa se vier a verificar, creio que estaremos de facto à beira de ter o país vendido aos estrangeiros.

publicado às 18:32


6 comentários

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De Nuno Castelo-Branco a 02.01.2009 às 18:51

Com os preços de arrendamento que temos, a situação torna-se impossível. A tal ponto, que é mais barato arrendar um apartamento em Berlim. Conheço alguns casos que corroboram isto que estou a dizer E em bom estado, prontos a habitar.
Aqui, é o que se sabe: um T2 de 45m2, por 750 Euros/mês, decrépito, sem as mínimas condições de habitabilidade. E ainda por cima, exigem logo fiadores ou garantias bancárias, etc.
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De Sandra a 02.01.2009 às 19:38


Concordo com o Samuel.
Há 5 anos, quando decidimos arrendar uma casa em Lisboa, muitos nos censuraram.As razões são as enunciadas pelo Samuel.
A 1ª casa arrendada situava-se no Saldanha, em Lisboa, com 130m2, a precisar de pinturas (900 euros).
Dois anos depois, mudámos para uma casa de 120m2, totalmente e muito bem recuperada, por 800 euros, na Victor Hugo, no Areeiro.
Ano e meio depois, mudámos para os Países Baixos.
As nossas contas:
Se optássemos por pagar 800 euros ao banco, comprando uma casa na Margem Sul, gastaríamos quase outros tantos somando almoços, gasóleo, portagens,parquímetro,mais extras.
Assim, poupámos tempo no transporte, comíamos em casa ou levámos comidinha caseira (porque havia tempo para fazê-la), o parquímetro para residentes era gratuito e íamos de metro para o trabalho.
Esta foi a nossa história.E conheço outras semelhantes.
Excelente Ano de 2009 para todo o Estado Sentido:)
Mas também é verdade que há muita casa decrépita em Lisboa,infelizmente.

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De Lady-Bird a 03.01.2009 às 17:39

já foi leiloado e vendido aos "nuestros hermanos", não sabias Samuel?
Uma bagatela...
beijinho
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De JMB a 03.01.2009 às 22:54

Vamos acabar comprados por um país africano !
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De Luis a 04.01.2009 às 08:05

O gozo que vai dar ao Eduardo dos Santos comprar uma boa parcela da sua ex-Pátria !
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De Samuel de Paiva Pires a 04.01.2009 às 13:55

Ehehe ironias... :p)

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