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Naquela altura as esperanças nos partidos

por Cristina Ribeiro, em 28.02.09

 

estavam ainda intactas.

É ´certo que para o meu pai o CDS nunca passou de " um mal menor ", mas os meus irmãos viam-no como algo de redentor, tal como aconteceria comigo mais tarde, até que fui confrontada com a evidência de que " são todos iguais ".

Naquele dia ( de 1975 ou 76? ) ia haver um comício no Teatro Jordão, em Guimarães. As ameaças a quem nele participasse sucediam-se. Foi pois com grande apreensão que a minha mãe, eu e as minhas irmãs, os vimos sair.

Algum tempo depois tocou o telefone: era um amigo, que vivia na rua do Teatro, dizendo-nos que aquilo estava um pandemónio. Cheias de medo, ouvíamos os tiros, que se sucediam sem intervalo.

Só descansámos quando os vimos- já muito pela madrugada dentro - entrar em casa, altura em que nos puseram a par das cenas Far-Westianas por que tinham passado.

Convenci-me nessa altura de que em Portugal se estava a brincar à democracia...

publicado às 13:57


12 comentários

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De mike a 28.02.2009 às 16:25

Nessa altura? Estava? ;)
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De Cristina Ribeiro a 28.02.2009 às 20:09

Tem razão Mike. Nessa altura foi só o começo...
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De PF a 28.02.2009 às 17:24

Democracia que assim nasce tão justa e libertadora só podia dar os frutos maravilhosos da actualidade. Está lá no Evangelho (Mt) quando os discípulos perguntam como distinguir entre bons e maus e o Mestre responde: "Vocês saberão pelos seus frutos".
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De Cristina Ribeiro a 28.02.2009 às 20:12

É, Pedro, como diz o ditado: " quando uma coisa nasce torta..."...
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De Daniel João Santos a 28.02.2009 às 18:00

Hoje os "tiros" são outros e politicamente correctos.

parece-me que a do brincar ás democracias ainda está na moda.
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De Cristina Ribeiro a 28.02.2009 às 20:14

Parece que pegou de estaca, Daniel- brincadeiras que saem muito caras...
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De Luísa a 28.02.2009 às 18:41

Tenho ideia, Cristina, de que cá por baixo também houve alguma confusão desse teor. Foi um começo muito cheio de excessos, sobretudo da gente mais esturrada ou mais comprometida, mas não foi isso que deu cabo de tudo. Já se viveram, entretanto, alguns anos menos maus, com benefícios não desprezíveis. O problema é esta ascensão de um pessoal medíocre e mesquinho, que vive na ficção e que nos quer arrastar, a todo o transe, para dentro dela.
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De Cristina Ribeiro a 28.02.2009 às 20:17

Mas como digo acima, Luísa: quando algo nasce torto nunca mais se endireita, e- como está a acontecer- a tendência pode ser a de o comboio se descontrolar...
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De manuel gouveia a 01.03.2009 às 10:31

Nessa altura Portugal, com coragem, descobria a democracia. Trilhava tarde demais um caminho que já fora percorrido e consolidado na europa .

Agora é que estamos a brincar à democracia e ao mercado livre!
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De Cristina Ribeiro a 01.03.2009 às 11:19

Manuel, descobrir-se a democracia aos tiros, só porque se não estava de acordo com o PREC ?!
Decididamente não começámos bem...
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De manuel gouveia a 02.03.2009 às 12:21

Muitos países fundaram assim as suas democracias...
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De Cristina Ribeiro a 02.03.2009 às 19:48

Não quem quando o alvo dos tiros são simpatizantes de um partido democrático. A isso chamo a selva!

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