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o João - Da Ficção Portuguesa - , guardo eu uma memória de simpatia, de um homem famoso de quem não esperava tanta simplicidade no trato, posto que fosse essa a imagem que transmitia quando o via na Televisão.
Jovenzinha de 18 anos, acabara de entrar no comboio em Campanhã, de regresso a Lisboa, depois de umas quaisquer férias escolares. Sentada já, vi entrar na carruagem, a rir, enquanto falava com um acompanhante, um senhor que me era familiar das coisas do cinema. Sentou-se no lugar em frente, e continuou a conversar com a pessoa com quem entrara, mas, passado algum tempo dirigiu-se-me, num tom muitíssimo cordial. Conversámos -bem, as despesas da conversa ficaram quase todas por sua conta - por um ror de tempo, durante o qual fiquei bem ciente de que além de muito simpático e acessível, António Lopes Ribeiro era um homem muito culto.
Chegados a Santa Apolónia, onde, dissera, tinha alguém à sua espera, despediu-se com uma cordalidade que, depois do que dele ficara a conhecer, em nada me surpreendeu.