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O senhor professor Aníbal Cavaco Silva, tem tido uma vida difícil. Ainda mal refeito dos tempos em que os seus colegas de governo faziam semanalmente as manchetes pelas piores razões possíveis de imaginar, é precisamente agora, durante o desempenho das sagradas funções de Venerável da nação, que a situação parece complicar-se de forma jamais vista.
Sarilhos grandes em que surgem envolvidos "amigos de casa" que por mera coincidência se sentam inamovíveis, à mesa do intocável clube privado que dá pelo nome de Conselho de Estado. Sarilhos médios, nos quais é arrastado pela lama, o nome daquele que com ele co-administra esta média empresa em falência técnica que dá pelo nome de PortugAll. Sarilhos pequenos, onde são apontados dedos acusadores a gestores da justiça corrente, exactamente no momento em que esta devia surgir implacável e isenta na resolução dos sarilhos grandes e dos sarilhos médios. Tudo meras coincidências.
Com um orçamento que suplanta em muito a dotação anual de qualquer uma das monarquias europeias, devia-se-lhe exigir mais que os simples esgares do costume, ou pelo menos, que falasse mesmo recorrendo ao disfarce da voz de um ventríloquo. É que já não basta quebrar os silêncios cheios de significado - o vazio mais absoluto que o Nada anterior ao big bang -, com uma saudação proferida aos magalas turcos. Pela resposta obtida em uníssono em Ancara, eles "estão bem". Nós por cá, "nem tanto"!