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sento-me no sofá em frente. Antes, porém, de o ligar, uma olhadela pela sala, para conferir se tudo está em ordem. Detenho-me no quadro do Nuno, e penso que a Civilização não estará apenas ameaçada pelo que possa cair do céu: que, lentamente, perante a nossa quase geral indiferença, todos os dias se vai corroendo um pouco mais na sua essência, e que todos os dias se dá mais um passo na direcção da banalização daquilo que é afinal o fundamento de toda uma cadeia de valores que demorou séculos a erguer. O desmoronar da mesma poderá parecer uma previsão catastrofista, mas o que nos tem chegado via televisão, ou temos mesmo presenciado, faz-me pensar nela antes como sendo uma visão pessimista de um futuro, que nos pode bater à porta mais cedo do que muitos de nós prevemos...