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« O inglês que amava Portugal »,

por Cristina Ribeiro, em 27.05.09

 

James Forrester, faria hoje 200 anos, leio no Público.

E lembrá-lo é lembrar os riquíssimos momentos passados nessa região onde a prodigalidade da Natureza é tanta que ninguém lhe fica indiferente.

É lembrar os dias - quase sempre de Outono - em que saíamos da Pousada que lhe herdou o nome, de manhã bem cedo, para aí regressarmos só à noite, sempre cansados mas sempre felizes pelo que nos tinha sido dado ver, num crescendo em que se tornava cada vez mais notória  a ligação daquela terra ao rio, que é afinal a fonte de deslumbramento maior.

Mas ler este texto de Manuel Carvalho não traz só lembranças; significa o conhecer uma vida tão cheia de um homem que podia escolher um outro qualquer lugar do mundo para viver, mas se deixou enredar pelo fascínio que ainda hoje sentimos quando lá vamos.

Terá sido o negócio vinhateiro, desse néctar tão apreciado na terra natal, que o fez aí fixar-se, mas não terá demorado muito até que o Douro se tornasse " a paixão que mais energia lhe consumi( u ) ", a partir do momento em que se predispôs a estudá-lo minuciosamente, calcorreando, por isso, toda aquela região, amando o rio que havia de o guardar para sempre.

 

publicado às 18:05


22 comentários

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De Si a 27.05.2009 às 20:43

Curiosamente, foram desde sempre os ingleses a demonstrar esse amor e a explorar o que de melhor tem o Douro, enquanto os portugueses se limitavam a correr atrás.
Ainda hoje se mantém essa mentalidade. Quase toda a gente já foi a Cuba (não a do Alentejo) ou a Cancún, mas pouco foram os que passearam pelas curvas da Régua ou fotografaram as cores das vindimas.
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De Cristina Ribeiro a 27.05.2009 às 21:12

Olá Si ! Já nos cruzámos muitas vezes por este blogobairro, mas nunca nos teremos cruzado por aquelas bandas magníficas que, é verdade, os ingleses nos fizeram " descobrir ", e nem a todos, é certo, apesar de ser Património Natural internacionalmente reconhecido ( um antigo Primeiro Ministro britânico passava lá as férias )...
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De Si a 27.05.2009 às 21:20

Desde há uns tempos que venho apreciando este Estado Sentido, mas só hoje tive oportunidade de comentar.
Coisas que vamos descobrindo, à medida que saímos e entramos nas casas de cada um, neste 'blogobairro' tão curioso ;)
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De Cristina Ribeiro a 27.05.2009 às 22:04

Onde os vizinhos só se vão conhecendo aos poucos :)
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De Daniel João Santos a 27.05.2009 às 22:31

o vinhateiro fez-me lembrara a quinta inglesa no Douro.
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De Cristina Ribeiro a 27.05.2009 às 23:11

"Que " quinta inglesa, Daniel? Vá conte tudo :)
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De Daniel João Santos a 28.05.2009 às 19:31

A Quinta Inglesa pertence à família de uma cunhada minha. São ingleses e produtores de vinho. O enólogo da quinta e irmão dela, recebeu o ano passado o prémio de melhor enólogo do país.



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De Cristina Ribeiro a 28.05.2009 às 19:47

Ena, Daniel ! Isso então é que é ter bons vinhos ``a mesa; e do Douro...
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De mike a 27.05.2009 às 22:56

Notável estudioso da vinha, o Barão de Forrester. E um pintor de reconhecido talento, Cristina. O Douro ficou com ele para sempre, mas segundo reza a lenda, as saias em balão da D. Antónia Ferreira evitaram que o rio também a levasse nessa derradeira viagem do barão. :)
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De Cristina Ribeiro a 27.05.2009 às 23:14

Uma história dramática,essa, Mike; os rios podem ser mais traiçoeiros do que o mar - a beleza pode esconder muita coisa...
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De mike a 28.05.2009 às 00:02

Cristina, os rios são sempre mais traiçoeiros que o mar, menina. :)
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De Cristina Ribeiro a 28.05.2009 às 00:27

No mar, Mike, nunca apanhei nenhum susto, simplesmente porque tendo-lhe medo me afasto, mas no rio já :)
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De Helena Branco a 28.05.2009 às 00:12

Desde criança que subo e desço o DOURO da Régua á foz ou vice versa...enamorei-me tornei-me raiz... Hoje como há duzentos anos com Sir FORRESTER a mansidão estética telúrica deixa entrever a paixão que este lhe dedicou a vida e lha entregou para ficar
para sempre...

É bem uma história de Amor

Belo o seu post Cristina! ABRAÇO
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De Cristina Ribeiro a 28.05.2009 às 00:39

O Douro- rio e região vinhateira - é uma dádiva dos céus, Helena. Sorte a sua! Compreendo, pois, o seu enamoramento.
Obrigada.
Abraço, Helena
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De João Pedro a 28.05.2009 às 00:35

Há poucas semanas tive oportunidade de ver uma interessante exposição dedicada precisamente a Forrester, no Museu do Douro, na Régua. Não fazia ideia que tinha sido um dos pioneiros da fotografia em Portugal.

Na série da televisão da Ferreirinha, o Barão era interpretado por Nicolau Beyner, nada parecido com ele. Fiquei a pensar que neste papel Joaquim de Almeida encaixaria bem; pelo menos era parcido com Forrester.

Uma das razões pela qual pereceu é que tinha os bolsos pejados de moedas, das rendas que tinha recebido; a outra é que naufragou no Cachão da Valeira, em tempos em que o Douro era selvagem e temível. A montante da Régua, antes da barragem de Bagaúste, pode-se ver um trecho do rio como ele seria antigamente em todo o seu curso, com correntes revoltas e rochas à superfície, antes das barragens o levarem à mansidão de agora.
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De Cristina Ribeiro a 28.05.2009 às 00:48

Não posso jurar, João Pedro, mas penso que este quadro, por ele pintado, integrava essa exposição, da qual tive notícia.
Cá em casa há uma fotografia enorme, a preto-e-branco, onde é notório o carácter selvagem e temível do rio, de que fala.
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De Luísa a 28.05.2009 às 15:02

Um dos meus sonhos é fazer um passeio rio acima, Cristina, de barco. Por estrada, já o fiz várias vezes, ora deslumbrada com o panorama, ora enjoada com as curvas. Talvez neste próximo Setembro, quem sabe… :-)
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De Cristina Ribeiro a 28.05.2009 às 19:53

De carro e de comboio- nas poucas linhas que por lá há - já " Dourejei ", Luísa, , mas de barco...ainda está para vir o dia ( breve, espero ) :)
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De António de Almeida a 28.05.2009 às 15:52

Contaram-me uma lenda que se afugou com o peso do ouro que carregava sempre nos bolsos. Já subi 2 vezes o Douro, uma apenas até à Régua, outra do Porto a Barca d'Alva, e sem dúvida que o rio é lindo em toda a sua extensão, mas após a Régua a beleza aumenta.
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De Cristina Ribeiro a 28.05.2009 às 19:56

É assim a vida: uns subiram-no já duas vezes, outros...olhe, ficam a ver navios :)
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De António de Almeida a 29.05.2009 às 16:36

Às vezes não damos valor ao que temos, posso garantir que fica bem mais barato que um fim de semana de praia numa ilha espanhola. Pena é que só façam programas de 2 dias (extensão completa) ao fim de semana (pelo menos assim era).

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