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E às suas inabaláveis certezas sobre o neo-liberalismo e sobre de quem é a culpa da crise, aqui fica o comentário de António de Andrade a este meu post (o negrito é meu):
Desde os tempos de Ricardo (o David, não o Quaresma) que se tenta perceber todas as movimentações e orientações da economia internacional porque já não há economias só nacionais (assistimos a uma liberalização das economias em movimentos geofinanceiros fulcrais que contribuem para uma total globalização da crise económica mas não vale a pena alargar neste tema porque se não teríamos que evocar teorias tão complexas como as de Walras e as Menger) e basta-nos chegar à lei de Say para perceber porque mais tarde não nos viemos a manter Keynesianos e nos tornámos fans de um Lucas que não é o do Star Wars. No fundo a economia pode explicar-se de muitas formas, desde a explicação comum do povo baseada em Malthus e Smith a explicações mais práticas como Marshall ou mesmo Keynes? Isto para dizer que a crise nem sequer é económica, é financeira, mas para compreender isso precisamos de ser mais como Jevons, e manter a mente aberta: o que não está ao alcance de todas as mentes filiadas porque a formatação é sobrinha da filiação e equivale a uma estagflação brutal do que não tem preço: o conhecimento. No fundo, basta-nos esperar para que exista hipótese de um estímulo macroeconómico que reanime a nossa economia cerebral: pensar mais e consumir menos é o que nos vai fazer sair desta depressão.
Quanto à culpa, já dizia o outro: a culpa é como a mão, é invisível.