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O sr. Ahmadinejad começa a experimentar as agruras daqueles que passam subitamente a ser olhados como presenças incómodas em qualquer acto público frequentado por "gente decente". Até a cimeira da União Africana, evento que congrega sempre uma multidão de ditadores torcionários, simples vigaristas e ladrões alçados a supremas magistraturas, encara o convite líbio a Ahmadinejad, como um incómodo. A África depende do interesse da União Europeia e de facto, a posição da generalidade dos europeus quanto ao absurdo, selvático e retrógrado regime há trinta anos implantado no Irão, é de absoluta desconfiança e hostilidade. No momento em que definitivamente se abriu o caminho para uma nova fase onde a queda dos aiatolás se torna numa possibilidade bastante credível, o convite de Kadhafy nada mais é, senão uma folclórica provocação ou a desesperada tentativa de encontrar aliados no velho sistema do primus inter pares. Além do mais, os negócios com os europeus, pesam infinitamente mais que platónicas declarações de uma impossível solidariedade.
Enxotados pelos africanos, detestados pelos árabes e abertamente hostilizados por europeus e americanos, estamos cada vez mais próximos do dia em que os verdugos dos iranianos - Khamenei, Ahmadinejad, Khatami, Moussavi e outros -, não poderão colocar um pé fora das fronteiras do seu país e quem sabe?, da sua própria casa. É a justiça que tarda mas infalivelmente virá. A perspectiva de um "fim à romena" ergue-se no horizonte.
Entretanto, vislumbrar o futuro torna-se sempre num exercício gratificante e esta comunicação de Reza Pahlavi pode ser uma perspectiva de um outro Irão, bem mais consentâneo com a velha Pérsia a quem tanto devemos.