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Está decidido: nada de votar "AD" em Lisboa!

por Nuno Castelo-Branco, em 01.07.09

Venho por este meio informar os nossos leitores,  que o presidente da Real Associação de Lisboa enviou à direcção do CDS a sua formal desfiliação do partido, tal se devendo à absurda coligação do PSD e do CDS com o sr. NC Pereira.  Como nota interessante, a RAL possui mais de 3.000 filiados neste distrito, o que dá uma ideia da sua capacidade de atracção nas mais diversas áreas políticas. De qualquer forma, a tal "AD" recauchutada não merecia sequer qualquer tipo de ponderação para o meu voto: é apenas mais do mesmo ciclo infernal de betão, demolições, terciarização, especulação imobiliária. O mesmo vinho da mesma pipa por onde bebe o sr. Costa. Desejo aos dois rotativos, um desastre eleitoral sem precedentes. Consultem o nosso arquivo do Estado Sentido, em "Lisboa Arruinada", assim como o blogue http://lisboasos.blogspot.com/ e perceberão porquê. Já é tempo de ser quebrado o enguiço.

 

 

O comentário de Mattos e Silva:

 

 

"Sobre a decisão que tomei - e tomei-a em consciência - nada tenho a acrescentar. Para quem tudo na política se resume a uma guerra entre esquerda e direita, sendo que a esquerda é sempre má e faz sempre mal e a direita faz sempre bem, basta olhar para Lisboa a degradar-se a cada dia que passa, com governos de esquerda e de dierita que já passaram pelo Município. Para mim a política tem valores e princípios que estão para além dessa guerra. E é por causa desses princípios e valores que assumi a posição que foi publicitada. 

Nada tenho contra Santana Lopes, que nem foi mau presidente da Câmara, excepto, neste caso, apesar de saber que os monárquicos não queriam este PPM na coligação, ter persistido porque acalenta o sonho de uma AD irrepetível e a sua ambição de poder não olha a "minudências" como esta. 
Mas o problema, com esta coligação, não é só Lisboa. É que um pouco por todo o País ela se está a repetir. O PSD e o CDS que sabem, há largos meses, da posição dos monárquicos que não são os do PPM e são muitos milhares, estão-se nas tintas para eles, que na sua maioria integram esses partidos como militantes e apoiantes. São eles que estão a credibilizar este PPM, apesar dos valores irrelevantes das suas votaçôes.Em nome de quê? Esses dois partidos escolheram um lado. Eu escolhi o outro. É indiferente ?
Será, certamente. Mas o que para mim não é indiferente é ferir a minha consciência, passando sobre princípios que considero acima da luta político-partidária. Isso, para muitos, como constato, é de somenos importância".


 

publicado às 13:29


11 comentários

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De Ana Campos a 01.07.2009 às 14:22

APOIADO.
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De PF a 01.07.2009 às 15:01

Pouco interessa a Lisboa, aos lisboetas e aos restantes habitantes do País os arrufos entre a "Real Casa" e o NC Pereira. Quanto a estes "incidentes" e demais considerações, a Esquerda agradece e continua assim alegre e vivaz a política de betão e de roubalheira. E assim anda entretida a dita "Direita" com seus arrufos e divisionismos e depois acha estranho que a Esquerda ganhe e o País cada vez mais se afunde no Tejo.
Crikey!
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De Nuno Castelo-Branco a 01.07.2009 às 15:07

Ora diga-nos PF, o que a "direita" fez por Lisboa desde os tempos de Abecassis que apesar de tudo, mexeu em alguma coisa (no lixo, por exemplo). Estamos totalmente abertos à publicação da sua lista de benfeitorias.
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De PF a 01.07.2009 às 16:11

Caro Nuno

Como não se trata da cidade onde vivo, não estou avalizado para falar do município de Lisboa nem das várias gestões autárquicas que por aí passaram.
No entanto, quem aí vive, sabe por que derrotou nas urnas João Soares há cerca de oito anos, reelegeu Carmona Rodrigues há cerca de 4, e porque nas intercalares, muito atípicas, com todas as trapalhadas com o caso "do Túnel", Bragaparques" e etc. e tal, António Costa foi eleito por uma margem mínima apesar de ter sido levado ao colo pelos média, tendo como adversários um direita ultradividida.
Ninguém está isento nas trapalhadas e roubalheiras, mas não é de factos do passado que se vai julgar um projecto alternativo à gestão actual, em especial quando as caras não são mais as mesmas de outrora. Muito menos de arrufos com o Câmara Pereira, em relação aos quais, desculpar-me-á, continuo a dizer que pouco interessam a Lisboa.
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De Nuno Castelo-Branco a 01.07.2009 às 16:51

Como dizia, a questão Câmara Pereira interessa sobretudo à vida interna do PPM. Eles é que terão de resolver o problema. Quanto a Lisboa, o que vemos fala por si. Temos todos de arranjar um argumento para não usar o tal "voto útil" que mantenha tudo como está. O Câmara é apenas uma desculpa, como qualquer outra. De qualquer forma, não votaria nos do costume. Nem pensar. Basta.
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De Nuno Castelo-Branco a 01.07.2009 às 15:50

A nós interessa, até porque os monárquicos - e entre eles Ribeiro Telles -, estão sempre preocupados com os verdadeiros interesses da cidade que não se compadecem com o imenso rol de vigarices, faltas de respeito e destruição a que Lisboa tem sido sujeita por certa gente. Se o "projecto monárquico" tivesse sido adoptado já nos anos 60, jamais teríamos chegado a esta situação. A "direita" de que fala, não vale um chavo. Quero lá saber se perder a eleição....
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De João Pedro a 01.07.2009 às 16:41

Nuno, de que é que constava o projecto dos anos 60?
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De João Pedro a 01.07.2009 às 16:40

É uma atitude de homem, não haja dúvida, de quem preza mais os valores em que acredita do que a partidocracia pura e simples. Não deve ser assim tão fácil abandonar um partido do pé para a mão.

Quanto a Lisboa, só estou cá há dois anos e nem voto para a CML, mas também me parece que a" direita", em coligação ou resumida ao PSD, pouco deu à cidade. Aliás, se o povo de Lisboa "não se enganou" ao votar em PSL, também não se terá enganado ao votar em Sampaio e Soares (que de entre os meus escassos conhecimentos de gestão da capital, me pareceu o menos mau). Basta recordar que Abecassis é que deu cabo do Cinema Monumental, mesmo contra decisões dos tribunais administrativos.

Apesar dos inúmeros erros, talvez António Costa seja menos mau: ao menos tenta implementar o plano verde de Ribeiro Telles.
Bom seria que aparecesse listas independentes que não as dos ressabiados e escorraçados da política, que querem o poder a todo o custo.
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De Nuno Castelo-Branco a 01.07.2009 às 16:49

O sistema está bem armadilhado.
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De Cristina Ribeiro a 01.07.2009 às 23:59

Concordo com PF. Aliás os monárquicos estariam a dar importância a qu8ekm manifestamenta a não tem.Quem é monárquico sabe destrinçar as coisas.
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De João Mattos e Silva a 02.07.2009 às 12:16

Sobre a decisão que tomei - e tomei-a em consciência - nada tenho a acrescentar. Para quem tudo na política se resume a uma guerra entre esquerda e direita, sendo que a esquerda é sempre má e faz sempre mal e a direita faz sempre bem, basta olhar para Lisboa a degradar-se a cada dia que passa, com governos de esquerda e de dierita que já passaram pelo Município. Para mim a política tem valores e princípios que estão para além dessa guerra. E é por causa desses princípios e valores que assumi a posição que foi publicitada.
Nada tenho contra Santana Lopes, que nem foi mau presidente da Câmara, excepto, neste caso, apesar de saber que os monárquicos não queriam este PPM na coligação, ter persistido porque acalenta o sonho de uma AD irrepetível e a sua ambição de poder não olha a "minudências" como esta.
Mas o problema, com esta coligação, não é só Lisboa. É que um pouco por todo o País ela se está a repetir. O PSD e o CDS que sabem, há largos meses, da posição dos monárquicos que não são os do PPM e são muitos milhares, estão-se nas tintas para eles, que na sua maioria integram esses partidos como militantes e apoiantes. São eles que estão a credibilizar este PPM, apesar dos valores irrelevantes das suas votaçôes.Em nome de quê? Esses dois partidos escolheram um lado. Eu escolhi o outro. É indiferente ?
Será, certamente. Mas o que para mim não é indiferente é ferir a minha consciência, passando sobre princípios que considero acima da luta político-partidária. Isso, para muitos, como constato, é de somenos importância.

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