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O Estado Sentido não é um blogue monárquico, mas a abertura com que se debatem assuntos ligados à Causa Real, como lhe chamam alguns, torna-o um espaço priveligiado para a discussão destas ideias.
Portugal Monárquico é um Portugal rico em doutrina e ideologia, em opiniões e certezas. Não existe uma unidade monárquica por motivos intrínsecos e extrínsecos. De facto, todos os monárquicos são indivíduos, moldados pelos seu meio social e pelas suas aptidões, e de facto, defender um regime que desapareceu há 100 anos traz dúvidas doutrinais que se tornam urgentes de resolver. O ideal do Reino cairá por Terra caso os portugueses não saibam quem são os monárquicos, e que os monárquicos não saibam quem são.
A substância da Monarquia passa por um Homem. Esse Homem não é o Logos, a razão a seguir, mas sim o objecto de personificação da Coroa, a quem efectivamente cabe Reinar.
Para aceitar estes pressupostos, é preciso aceitar, de uma vez por todas, a morte do Integralismo Lusitano e toda a sua filosofia nacionalista/messiânica. Fazer da Monarquia uma Religião foi um erro.
Procurando assim, de acordo com as instituições constitucionais da época monárquica e o Direito Sucessório vigente à época ( tanto o comum como o real), os monárquicos bem informados devem procurar as razões de être do Sucessor da Linhagem de Bragança.
E afirmo isto pela simples razão de, actualmente, se apresentarem pretendentes à Coroa de Portugal que estão a conspurcar o nome da instituição apolítica mais louvável da nossa História nacional!
Negar os Direitos de SAR ao ducado de Bragança é uma obersavção de completo desconhecimento jurídico-constitucional.
Não é à luz do Pacto de Dover que se devem estudar, unicamente, as pretensões do Duque, ou as dos Câmaras, ou a deste senhor italiano, de obscura credibilidade.
Não é à base de doações de títulos e posteriores reclamações que se conhece o herdeiro legítimo da Coroa. O senhor Podimaidi, além de patrocinar um site que faz caluniosas afirmações contra Dom Duarte, acima de tudo, um cidadão português e uma figura pública cujo direito ao bom nome é tão valioso como o próprio direito do Sr. Rosário, desrespeita todo um conjunto de gerações de juristas, politólogos e investigadores amadores que se empenharam a fundo no estudo da Casa de Bragança.
Não pode passar claro todo este assunto. Toda esta questão deve ser interpretada e reinterpretada pela Carta Constitucional, o documento vigente à época. A Lei de Sucessão, de acordo com o Direito Civil da época.
Acima de tudo, o Direito a quem de Direito.
(continua...)