Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A entrevista concedida pelo Senhor D. Duarte ao jornal i, aborda sumariamente os grandes problemas que o nosso país tem enfrentado nos últimos anos. Como seria expectável, o Duque de Bragança não faz profissões de fé partidária e mantém uma impecável neutralidade relativamente ao espectro político, preferindo delicadamente inventariar as principais questões que têm inquinado a vida política e económica do país.
Uma leitura atenta permite-nos destacar um claro apelo ao sentido patriótico dos portugueses, num momento que pode ser decisivo para a sobrevivência do Estado que ao longo de séculos se manteve como uma firme realidade histórica numa Europa em evolução. Mencionando discretamente alguns assuntos que normalmente competem a um Chefe do Estado, critica severamente a galopante abstenção que desacredita o regime e vinca o factor decisivo que é a participação cívica na vida pública. Se considera haver ..."gente muito boa e decente a fazer política" (...) também julga que ..."o problema é a própria instituição da democracia e o sistema em que estamos a viver" ..., apesar de termos ..."um excelente presidente da república, deputados muito bons e pessoas muito decentes no governo"..., não havendo contudo, uma ..."cultura de participação cívica ou de raciocínio lógico".
O deteriorar do tecido industrial e a consequente liquidação de empresas, o consumismo desenfreado, a ..."chocante e revoltante"... incoerência de certos investimentos, são alguns dos aspectos da actualidade que o Duque de Bragança aborda, não se eximindo a tecer considerações acerca do estado da Justiça e do verdadeiro interesse que para o país representa a conjugação de esforços do sistema partidário para a resolução de uma crise muito grave e preocupante, dada a hipótese da instalação de um estado de ditadura de novo tipo, ou seja, a gestão do país por entidades estrangeiras.
Pode ler a entrevista na íntegra, A Q U I