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Os quatro debates com os dirigentes partidários, apenas têm confirmado aquilo que todos há muito sabem. Não existem soluções evidentes para os problemas nacionais e os candidatos apenas têm repetido as mesmas frases de outras campanhas, embora ajustando-as ao momento político. O PC e o BE pretendem regressar ao conhecido modelo do Estado patrão da economia, com tudo o que isso significa para o regime, ou seja, o fim da democracia do 25 de Novembro. Pouco importa se o modelo seja um chinesice sem capitalismo mas com polícia política, um chavismo sem petróleo, ou um castrismo sem açúcar mas com vinho. É a ditadura de um proletariado que apenas existe nas cabeças de dirigentes que nem sequer o são ou foram.
No que respeita aos partidos do arco constitucional, o PS, o PSD e o CDS, apenas pretendem querer fazer passar a mensagem da veracidade ou consistência de propostas que esmagadas por uma diluviana legislação comunitária, nada mais são que um ilusório mise en scéne de uma quase extinta soberania. Mais ou menos TGV, menos ou mais aeroporto por módulos, contentores ou prolongamentos da Portela, o que está em causa é a repartição dos despojos que o poder propicia.
Resta-nos apenas proceder à leitura dos programas dos chamados pequenos partidos, pois talvez a impossibilidade do exercício dos negócios públicos, talvez seja passível de acender algumas luzes que poderão ser aproveitadas por outrem.
Os debates têm sido de uma pobreza confrangedora e se são susceptíveis algum interesse, tal se deve ao guloso espreitar de ódios ou simpatias que este ou aquele lider tem pelo seu momentâneo concorrente à atenção do telespectador. Ficamos assim pelo sofá, comendo umas colheradas de gelatina, talvez mais consistente que uma realidade política que não passa de ficção.