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Tenho dado por mim a pensar no socialismo, no economicismo e no mérito. E surgiu-me uma hipótese a respeito das perspectivas economicistas. Sabendo-se que muita gente se queixa quando são adoptadas determinadas perspectivas economicistas, seja sobre que assuntos for - mas pensemos aqui no mercado de trabalho, seja em que sector for - seria de esperar que uma atitude deste cariz promovesse a concorrência e o mérito, optimizando recursos e melhorando a produtividade e qualidade dos produtos.
Acontece que, a mais das vezes, muitos dos que adoptam este tipo de atitudes, pouco ou nada percebem ou sequer almejam no que diz respeito à concorrência, à optimização de recursos de acordo com uma teoria mais liberal do que socialista. Mas, na prática, muitos dos que a estas atitudes recorrem, estão impregnados (sabendo-o ou não), de socialismo. E socialismo com economicismo parece-me ter um resultado catastrófico: a negação do mérito. Porque o economicismo e o "não há dinheiro" torna-se uma mera desculpa, uma mentira que tem por lógica proteger determinados interesses e afastar os indesejados por meio de um maquiavelismo de trazer por casa.
Logo, poderá haver mérito quando o nosso país está atravessado por preconceitos de esquerda e do politicamente correcto, que alimentam o desporto nacional - a inveja? Não, não pode enquanto houver por aí muita gente que alia o socialismo ao economicismo. Na política, na administração pública, nas empresas, nas universidades. Tornou-se cultural. E a mediocridade lá vai vencendo.