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Nunca me conformei com perdermos a que fora dos meus avós maternos, onde viveu a minha madrinha, a tia Micas. Belas tardes lá passei em criança, ou quando lia Camilo! "
É por aqui, pelas casas que amou na sua Vila do Conde natal, e para onde voltará, depois de andanças muitas, que o levariam ao Porto, Coimbra e Portalegre que, em mais um dia de chuva, aceito o convite para viajar com um escritor nortenho; desta feita é José Régio quem me guia os passos, ele que em tempo assim, do mesmo modo, se " enterra na cadeira de lona, ouvindo em redor a monotonia da chuva " deixando que o seu espírito flutue " ao sabor do que ia lendo ".
Mas Vila do Conde seria para o escritor um mundo muito maior do que as casas, de onde partia para outros lugares vividos, como o café e o club, até chegar à praia e ao mar que, aliado ao sol , ao rio e ao céu , o " impede de cair na negrura " que nele " sobe ", quando confessa nas « Páginas do Diário Íntimo » viver na " intimidade do Mar e dalguns livros queridos ", esse Mar onde vê " o resumo da Natureza ".
Até que a necessidade de ganhar a vida o faz rumar, começava o ano de 1929, ao Sul, a Portalegre, aonde vai leccionar no Liceu Mouzinho da Silveira, depois de o ter feito, provisoriamente, no Porto.
Só em 1962 voltará, definitivamente, pois que a ela regressava sempre que podia, à terra que tanto o inspirou.