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Hoje o dia acordou assim:

por Cristina Ribeiro, em 02.02.09

bonito, com céu azul, e quente.

É dia da Senhora das Candeias. Dizem-me: -a candeia está a rir, está o Inverno para vir...

publicado às 11:10

Pronto, Samuel,

por Cristina Ribeiro, em 17.01.09

então ficamos nesse pé (  quando nos cansarmos mudamos para o outro :) ): continuo a achar que aquilo a que normalmente se chama " solidariedade masculina " não é mais do que cumplicidade entre machos, que foi facilitada pelas razões aduzidas pela Luísa, mas que se estão a estender à outra parte, que é a nossa, e, como também opina a Patti, a verdadeira solidariedade não é apanágio de um dos sexos, apenas..

 

Quanto ao que noutro post ajunta o Mike, e, antes, a Júlia, parece-me verdade que o homem pode ser o maior amigo da mulher, mas que há por aí uns sacanas, como demonstra este testemunho, ai isso há.

publicado às 23:48

Ah! Escapou-me,neste cruzar de palavras,

por Cristina Ribeiro, em 15.01.09

Samuel, porque  um bocadinho lateral, a questão das quotas: sou totalmente contra ; acho mesmo que esse é , como soe dizer-se, " um atestado de menoridade": quem tem vocação para o serviço público da política activa, e tem competência para lá chegar, há-de impor-se, como o têm feito mulheres que aí chegaram pelo seu pé.

                     Estamos numa época em que a mulher, com o valor para tanto,não se deixa intimidar: recorrendo a um exemplo paradigmático- ninguém pensará que Margaret Thatcher chegou aonde chegou amparada pelas ditas; em Portugal o mesmo se passa.

   No limite seria o mesmo que arranjar igual sistema para que a Professora Isabel Magalhães Colaço, e depois outras mulheres, alcançasse a cátedra que conquistou, por direito.

publicado às 22:06

" Resumindo e concluindo", Samuel,

por Cristina Ribeiro, em 15.01.09

continuo a achar que essa história de que entre os homens há maior solidariedade do que entre as mulheres é uma falácia:

            Com  as excepções que sempre sublinham a regra, essa alardeada " solidariedade" é uma montanha a parir um rato, pois que se reduz  à cumplicidade de macho, enquanto tal, e nesse reduto, reconheço, a fémea não a tem tão vincada, mas também aqui com as honrosas excepções  .

Nas demais faces de que a vida é feita, não me parece que uns sejam mais solidários do que os outros, e as " facadas nas costas" são em igual número desferidas por uns e outros.

 

publicado às 18:48

Não, Samuel, não vem aí artilharia, *

por Cristina Ribeiro, em 15.01.09

pois que, seguindo uma máxima de um escritor que muito prezo, Tomás de Figueiredo, só posso falar daquilo que me é próximo: pessoalmente não sinto essa falta de solidariedade; bem sei que tenho em mente as amigas, que sinto mesmo muito solidárias- e poderia, não fosse o sentido de privacidade, dar-lhe conta de provas daquela coisa dos três mosqueteiros- " um por todos e todos por um" entre várias amigas.

   Como antes disse, isso cresceu com o passar do tempo, e quando começámos a dar mais valor àquilo que estava mesmo ao nosso lado, e iria enriquecer as nossas vidas.

 

Não será, como diz, assim com as mulheres que não sentem ( ainda? ) que a amizade é mais importante do que essas competiçõezinhas, mas, pelo menos neste estádio da vida, depois dos 40, essa é uma realidade que me é desconhecida.

E, como disse, só posso falar do que conheço

 

 

 

 

* daqui, mas apelo aos reforços blogosféricos para o rebater :)

publicado às 02:10

" Isto vai ser engraçado",

por Cristina Ribeiro, em 15.01.09

diz o caríssimo Samuel: que as mulheres não são solidárias entre si...

" Cavalheiro e Conservador", convida-me a " iniciar as hostidades", e até já se diz pronto a carregar com o epíteto de machista :)

 

               Esse parece-me um mito que, a ter cabimento, concedo, é coisa passageira, própria, talvez, de uma tenra idade, que podemos situar no pós adolescência, início da idade madura, quando o instinto de competição deita as garras de fora, cioso do objecto que persegue,mantendo, por isso, a  potencial concorrência dele afastada, e, aí, não há solidariedade que valha- mas estou convencida de que essa é uma fraqueza transversal, que atinge fémeas e machos; ou não?

 

Depois, com o inexorável  passar do tempo, com a maturação que ele acarreta, e, consequentemente, a segurança que traz,, essa debilidade passa a fazer parte daquelas velharias que já não têm lugar sequer no sótão.

É a altura certa de recuperar aquela cumplicidade que se teve na primeira adolescência, quando o nosso mundo era feito, em grande parte, de amizades femininas.

                Falo, é claro da geração que é a minha´, e da realidade que vivi e vivo...

publicado às 00:41

- Tomas algum soporífero?

por Cristina Ribeiro, em 13.01.09

- Leio umas páginas antes de adormecer;  é o meu melhor indutor do sono. Quando tenho de ler uma frase mais do que uma vez, sei que é hora de desligar a luz.

- Mas há leitura que nos desperta totalmente.

- Pois há...; está a suceder-me  com « O Escritor na Cidade », de João Bigotte Chorão...

publicado às 00:09

Sei que é difícil acreditar, Nuno,

por Cristina Ribeiro, em 09.01.09

mas se é certo que a tarde arrefeceu, de manhã, quando tudo começou a ficar branquinho ( e os telhados? Sabe, aqueles postais de " White Chhristmas "... )  a temperatura estava amena.

Estava tudo tão lindo...

publicado às 19:48

Última noite de 2008.

por Cristina Ribeiro, em 09.01.09

À mesa, alguns amigos.

A conversa vai fluindo, sem a pressa de quem tem de se levantar cedo no dia seguinte, para trabalhar.

 É quase Meia-Noite. Põem-se na mesa os doces da época, o champagne está pronto para os brindes ( "descruzem as pernas! " ), e, porque as crias foram celebrar a passagem de ano a outros sítios, os que são pais começam a falar dos filhos, a maioria a beirar a adolescência; a dificuldade que experimentam na sua educação( " os nossos pais tiveram a vida facilitada! " ).

  A amiga que veio com essa idade de Moçambique, conta de como as coisas se passaram com ela: "- que privilegiada foste! Tão diferente de nós, os de cá!...".

publicado às 18:23

Cheira a fim de festa.

por Cristina Ribeiro, em 04.01.09

Na mesa expõem-se os despojos de quase duas semanas de hostilidades benfazejas. Alguns aviam já as malas para, logo de manhã- " Bem cedo. Temos de evitar as filas de carros " -, rumarem a outros sítios mais ou menos longínquos.

Entretanto, bebe-se até à última gota do cálice ainda entre  nós, porque esse é um luxo que não podemos esbanjar.

                       As últimas gargalhadas, as últimas impressões,  " até à próxima oportunidade ".

O chá de jasmim arremata o jantar em que as palavras ditas,  e as que se adivinhavam, correram livremente, num leito sem fundo.

Aquecem-se as saudades que já se sentem.

 

        Cada um de nós refugia-se no pensamento de que o reencontro será para breve.

 

E é então que me parece ouvir o eco da voz da Tia Doroteia: "Já te deitaste? Já dormes? ". Desligo o computador.

 

publicado às 01:35

" Rapa, Tira, Deixa e Põe "

por Cristina Ribeiro, em 10.12.08

- Jogar a pinhões...; temos de jogar a pinhões na noite de Natal. Os mais pequenos não conhecem essa tradição, de que tanto gostávamos na idade deles...

- Precisamos então de comprar um Rapa, e arranjar pinhas.

 

 

 

Enquanto saboreávamos as batatas com bacalhau, as pinhas, bem no meio do borralho, na lareira, aqueciam até se abrirem, e delas podermos, depois da ceia,tirar os pinhões, que submergíamos na água de um alguidar: só os que iam ao fundo entravam no jogo- os outros eram lançados ao fogo.

               Reuníamos os pinhões e lançávamos um dado de madeira, com as letras R, T,D e P- sorte a daquele que Rapava os pinhões todos e azar daquele a quem só saía a letra P, de " põe".

Fosse qual fosse o resultado, o saldo era sempre de divertimento certo.

 

publicado às 18:41

De manhã cedo:

por Cristina Ribeiro, em 09.12.08

- Agasalha-te bem.Os campos estão branquinhos; até parece que caiu folheca desse céu tão azul. Por este andar, vamos comer as couves bem curtidas, no Natal.

 

publicado às 19:40

- Então, António, por aqui?

por Cristina Ribeiro, em 03.12.08

- Vou ali à capoeira, buscar uns ovos. Vão  fazer-me um bolo, porque faço anos.

- Parabéns! E quantos faz?

- Um carro.

- Como?

- Então não sabe que a carga normal de um carro de bois é a de quarenta rasas de milho?

-Ah...

publicado às 20:37

"Porque não

por Cristina Ribeiro, em 02.11.08

 

fotografias de cães, cavalos, pombos, esquilos e ouriços? ", pergunta a Margarida. E lembrei-me da colónia de esquilos que se propagou pelo monte do Sameiro: todos os dias, quando ia à janela, defronte da qual há um pinheiro, via um animalzinho desses a descascar uma pinha, para lhe tirar os pinhões.

Dizia-se que terá sido alguém que trouxe um casal, que depressa se multiplicou. Nunca consegui fotografá-los, porque assim que pressentiam a presença humana fugiam com as patas que tinham e com as que não tinham...

                        Como já não os vejo há tempos, quando li o comentário da Margarida, perguntei cá em casa se terão desaparecido; que não, que andam noutros lugares do monte, onde ainda há pinhões...

publicado às 12:09

" Lembras-te? Tão diferente"

por Cristina Ribeiro, em 01.11.08

daquele 1 de Novembro em que, de comboio, na Linha do Douro, fomos do Pinhão ao Pocinho. Caía do céu, cinzento como chumbo,uma chuva miudinha, " molha-tolos", e vimos o Douro com outras cores;  bonito ainda, mas diferente de quando lá fôramos dois meses antes.

 

publicado às 10:36

" Isto é que vai um Outono, hem! ",

por Cristina Ribeiro, em 11.10.08

oiço, no meio das vozes masculinas, que, amiúde, soltam gritos " torna " , sinal  de que os cestos estão cheios de uvas, prontos para serem despejados no lagar, pelas mulheres.

E, olhando em meu redor, penso: é verdade, a natureza adquiriu já uma pujança que não é normal nesta época do ano. Os novos rebentos nas árvores são já bem visíveis.

publicado às 16:17

Outono

por Cristina Ribeiro, em 25.09.08

 

 

Enquanto nos campos , e debaixo deste céu muito azul, continuam as vindimas,

e começa a apanha do milho,cá por casa mexem-se as grandes panelas da marmelada e da geleia de marmelo, que hão-de adoçar os chás dos fins-de-semana de Inverno, a melhor das molduras das  longas conversas, no aconchego que se há-de fazer.

publicado às 19:22

"Vai ver se está a chover"

por Cristina Ribeiro, em 20.09.08

Dizia o pai quando não queria que assistíssemos a uma qualquer conversa de adultos.

Neste fim de tarde, não preciso de ir ver, porque oiço bater "leve, levemente", e sei que é ela.

Quando saímos de manhã, sabíamos já que, se não antes, era certo encontrá-la à chegada.

Vou à janela e vejo o céu assim, carregado e ameaçador, e nem sequer posso dizer que tinha " saudades, Deus meu"...

publicado às 20:02

Os castanheiros

por Cristina Ribeiro, em 19.09.08

estão prenhes de ouriços. As castanhas estão prontas. A água-pé não tardará muito, começadas já as vindimas. Ajudava se o tempo continuasse assim:  daqueles dias iluminados, quase Verão de S. Martinho..Este é o Setembro do meu contentamento.

publicado às 19:03

Imperdível

por Cristina Ribeiro, em 17.09.08

Olharmos o voo picado das últimas andorinhas deste Verão, sobre a água do lago.

Depois de molharem o bico, elas aí vão, em direcção às nuvens.

Daqui a uns dias vão-se embora, " para o sul", como diz o Poeta.Voltam sempre;  com a Primavera. Como a Primavera.

publicado às 19:39






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