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Quando olhava pela porta da igreja,

por Cristina Ribeiro, em 11.06.09

 

e via aquele céu muito azul, sem uma nuvem sequer, pensava  no fim-de-semana que tinha passado numa zona de praia, mas sempre debaixo de um céu semi plúmbeo...

A igreja de S.Sebastião estava cheia: setenta crianças preparavam-se para fazer a Primeira Comunhão, e a Margarida, a minha sobrinha, estava entre elas. Foi uma celebração muito bonita, animada pelas vozes frescas dos reis do dia, no que eram magníficamente secundadas pelo pároco da freguesia.

Que animados ficaram quando este combinou com eles, já, a ida a Fátima no próximo 10 de Junho, para o que me pareceu ser um Encontro Nacional de crianças!

Mas o dia estava ainda no começo, e todo ele, depois que saímos da igreja, continuaria a ser dominado pela nossa protagonista, que, certamente, vai dormir com o pensamento ainda imbuído de tanta excitação e, talvez, com um certo sentido de que já é uma mulherzinha de nove anos, com a responsabilidade que estes momentos sempre trazem, ainda que sem a plena consciência, de que deu prova, há dias, um outro sobrinho, que, com 22 anos, optou por confirmar, pelo crisma, a escolha que, há anos, os pais fizeram por ele.

publicado às 23:13

e como já disse

por Cristina Ribeiro, em 04.06.09

 

aqui, não resisto a aqui transcrever algumas linhas da novela que, intervalada com outras leituras em tudo diferentes, vou apreciando devagar...

 

                                 Não hesito em afirmar que, na falta do amigo ( Camilo suicidara-se já ) bem pudera substituir-se-lhe. Grande pena que o não fizesse, pois me tiraria de lhe aguar o chorume da prosa, por certo bem castigada na leitura dos clássicos, tanto que uma só balda lhe encontro: o excesso de adjectivos. Tenho para mim e meu governo que no substantivo e no verbo a espinha vertebral  da expressão.

publicado às 23:42

Ao olhar este campo.

por Cristina Ribeiro, em 29.05.09

 

lavrado, gradado, e com as sementes do milho na terra já - ao lado, os lavradores foram mais expeditos, e já se vêem as plantas verdes, numa corrida desenfreada, para que nelas surja e cresça a espiga que o sol há-de dourar -, mais uma vez o lamento de quem vê, quase de ano para ano, esta paisagem tão nossa a ficar aceleradamente com menor espaço, e a ser substituída pela aridez do betão, que, até há não muito tempo, lhe era estranha. E a minha irmã, que ouve este queixume, lembra o tempo, não distante, em que estes pedaços eram continuados, em extensões de terra cultivada, onde os olhos descansavam, naquele que era o resultado de um trabalho gostoso - via-se no olhar dos camponeses, adivinhava-se nas suas palavras felizes - .

Pedaços que persistem, apesar dos pesares, por teimosia de alguns que lutam para que este Minho não desapareça na uniformidade a que muitos querem ver Portugal reduzido...

publicado às 22:11

 

E esse meu gostar sempre foi incentivado pelo meu pai: do mesmo modo que é agora o meu, adulto já,  gostava de  livros infantis, pelo que saíram da sua então pequeníssima estante os primeiros livros que li, antes ainda de recorrer à Biblioteca Itinerante da Gulbenkian. Gostava de ler,  e de ver os filmes que passavam na televisão, Domingo à tarde. Era do que mais gostava.

Veio depois a fase de gostar de escrever: escrevia diários em cadernos escolares, e nas férias escrevia - e gostava de receber - cartas aos amigos. Até que, quando fiz 16 anos, a turma me ofereceu um Diário a sério, lindamente ilustrado. Quando o acabei, voltei aos cadernos escolares, e agora, que tinha ido para Lisboa, já não esperava pelas férias para escrever cartas.

 Como acontece com muitos adolescentes, começara a escrevinhar aquilo que, pomposamente, chamava de poemas. Mas depressa me deixei disso, por cedo ter chegado à conclusão de que quem nasceu para sapateiro, a mais não deve almejar. Voltei, pois, aos meus cadernos de escrita diarística, para consumo interno, sempre com os livros dos meus autores preferidos ao lado. Preferências que, naturalmente, se renovavam com o passar do tempo e das próprias leituras. Mas as palavras escritas, pelos outros, ou por mim, sempre me foram necessárias.

E é esse imperativo que ainda hoje me impele a escrever, num blogue que não nasceu sob esse signo, das páginas do meu diário, das coisas da vida, das memórias, da infància,  das coisas de que gosto, ou das histórias que os meus pais contam...

 

publicado às 22:13

viera para Guimarães, para aí ingressar no Exército, acabando porém por escolher a região para morada definitiva, ao construir nos arredores da cidade - Nespereira - a Casa do Alto.

Era, na época em que comecei, por via dos estudos secundários, a frequentar a cidade, esta Livraria Raul Brandão uma das duas principais, e, por certo, a mais apelativa, tendo em conta as grandes montras, que sempre ostentavam as capas mais atraentes, os títulos mais reluzentes. Por ela passava todos os dias, e nela demorava o olhar, mas só calhava de lá entrar quando uma amiga, a quem o pai abrira  uma conta mensal determinada, ia aí comprar os livros da  Biblioteca das Raparigas, em que o nome de Odete de Saint-Maurice se destacava: foi a altura de ler, depois que ela os tivesse lido, « Colégio de Verão », « Sou Uma Rapariga do Liceu », ou « Setembro Que Grande Mês ».

Até que um dia, essas montras tantas vezes olhadas, se encheram de papéis a anunciarem a liquidação total, e descontos tão altos que os livros seriam quase dados. Foi então aquela fartura que muitas vezes, embora nem sempre, se segue à fome.

publicado às 17:56

não me afastou do caminho que pensara encetar, debaixo de um céu que só as muitas estrelas alumiavam, mas tantas elas eram que a escuridão deixara de existir.

Pássaros nocturnos, a fazerem companhia a quem, por gosto e hábito, não é noctívaga, mas que posta perante uma repentina vontade de viajar, o não quis fazer à volta do seu quarto, e antes escolheu ir até ao quintal, sentir no ar,  um bocado húmido já, num antecipar muito intempestivo, porque impacientes também, penso à medida que vou sentindo a cara mais fria, das orvalhadas Joaninas, o cheiro das flores das laranjeiras, das gardénias que começam a florir. Espantados, os animais, cá de casa, afeitos às surtidas solitárias, acompanham-me neste delírio fora de horas, mas que teve o seu tempo certo, até que a sensatez  aconselhou o recolher...

publicado às 00:55

Colocado o DVD no leitor,

por Cristina Ribeiro, em 17.05.09

 

sento-me no sofá em frente. Antes, porém, de o ligar, uma olhadela pela sala, para conferir se tudo está em ordem. Detenho-me no quadro do Nuno, e penso que a Civilização não estará apenas ameaçada pelo que possa cair do céu: que, lentamente, perante a nossa quase geral indiferença, todos os dias se vai corroendo um pouco mais na sua essência, e que todos os dias se dá mais um passo na direcção da banalização daquilo que é afinal o fundamento de toda uma cadeia de valores que demorou séculos a erguer. O desmoronar da mesma poderá parecer uma  previsão catastrofista, mas o que nos tem chegado via televisão, ou temos mesmo presenciado, faz-me pensar nela antes como sendo uma visão pessimista de um futuro, que nos pode bater à porta mais cedo do que muitos de nós prevemos...

publicado às 12:14

Saudades de Londres ( 2 )

por Cristina Ribeiro, em 13.05.09

 

Estava, pois, muito claro na minha cabeça: Londres seria o destino primeiro de uma provável futura viagem - sabia-o, ou antes, desejava-o - desde pequena.

E quando tal se propiciou, lá fui à agência de viagens, cheia de expectativas, mas também de receios: era a primeira vez que ia ao Estrangeiro sozinha!, razão porque tratei que alguém da agência inglesa me fosse buscar ao aeroporto.

Chegada a Gatwick, logo encontrei o meu " salvador "...

À medida que íamos atravessando a cidade, ia-me apontando : este é o Hyde Park, o Serpentine, ali o Marble Arch...e eu a dizer-lhe, mais uma vez, que estava a realizar um sonho de criança...; simpático, ria-se deste meu deslumbramento.

 

Como era cedo ainda, e o Hotel, vi no mapa, não ficava longe de Charing Cross Road, fui procurar a para mim já mítica Marks & Co., onde  vira Anthony Hopkins  vender livros raros. Já lá não estava, mas depressa vi que , se quisesse, facilmente me podia perder entre livros, não raros, certamente, mas ainda assim muitos livros...

Apreciadora de biografias, não me foi muito difícil optar por uma de Jane Austen, que comecei a ler naquele mesmo dia, continuei a ler sentada na relva dos parques londrinos, e viria acabar já em Portugal. A Jane Austen que, dois anos depois, esteve na origem desta viagem...

publicado às 19:37

Saudades de Londres (1 )

por Cristina Ribeiro, em 08.05.09

 

Talvez porque uma irmã vai amanhã para Londres, e morro de inveja dela, tento revisitá-la com a ajuda da memória, reconstituir aquela que foi a minha primeira visita à cidade do Big Ben.

E porque já estamos no dia em que se comemora O Dia da Vitória, tão intimamente ligado ao homem de génio que foi o Primeiro Ministro britânico da altura, passo directamente ao segundo da minha estadia.

Munida de mapa e de guia dirigi-me ao edifício onde então funcionava o War Cabinet, ao lado do  qual se encontrava  agora o Churchill Museum. Lembro ter sentido essa visita de uma  forma quase eufórica: estava a ver " in loco " um sítio que sempre me fascinara, desde que comecei a interesssar-me pela II Guerra Mundial, e isso fora muito tempo antes, quando na Normandia visitei o Museu do Desembarque, em Arromanches.

E foi com emoção que lembrei as palavras então por ele ditas: « Nada tenho a oferecer a não ser sangue, esforço, suor e lágrimas ».

publicado às 00:17

Havia muito tempo que não ia à Vila do Gerês.

por Cristina Ribeiro, em 05.05.09

 

E neste " ir " implico o " estar ", e não aquelas passagens rápidas, que se esgotam na travessia, sempre apressada, da estrada que serve o lugar, a caminho de um qualquer destino, que não pode nunca esperar.

Aconteceu hoje; revisitar calmamente aquela estância termal, de águas com poderes curativos já referidos pelos romanos, mas só fundada no Século XVII, reinava em Portugal a dinastia Bragantina, que  continuaria a beneficiar, a períodos regulares, das suas qualidades no tratamento dos males do fígado e vesícula, mormente.

           Teria os meus quatro anos, e acompanhava, alternando com as duas irmãs que já tinha na altura, a minha mãe, que, vítima desses males, aí se instalava, numa  pequeníssima pensão, onde o ambiente familiar, entre os vários hóspedes, era palpável, 15 dias durante cada ano, a fim de beber dessas águas sulfurosas.

Claro que a imagem que estava inscrita na minha cabeça, sem que a apagasse, porém, sofreu uma enorme remexida, pois  que também  esta vila não escapou ao caos urbanístico.

E tudo era muito mais calmo então.

publicado às 15:22

Pela frente, alguns dias de " dolce fare niente ".

por Cristina Ribeiro, em 03.05.09

 

dedicados quase exclusivamente a ler os livros que trouxe na bagagem, a explorar este Gerês do meu contentamento, a desfrutar da visão corredia do rio de que já sentia a falta.

Tudo está de feição, e até as andorinhas já vieram à varanda dar o ar da sua graça, que, podem imaginar, é grande.

So,  " hasta la vista ", o que poderá ser já amanhã, ou daqui a alguns dias. Deixar-me guiar totalmente pelos  impulsos da vontade...

publicado às 18:12

" Em Maio comem-se as cerejas ao borralho".

por Cristina Ribeiro, em 02.05.09

 

é o outro dito, além do da croça que se rompe neste mês, que de  maior acerto os antigos nos deixaram, numa Estação tão caprichosa quanto a Primavera, em que os dias de chuva e de frio teimam em não nos largar, alternados - nem tudo é mau neste nosso Reino! - com dias mais amenos.

E depois há também aqueles dias plenos de generosidade, a permitir que o ar livre nos dê já um bocado daquelas cores sadias, que melhor se hão-de afirmar mais lá para a frente; hoje foi assim, e as primeiras cerejas do ano foram comidas bem longe do borralho.

publicado às 20:16

Mas esse momento de leitura,

por Cristina Ribeiro, em 01.05.09

 

que reputo de tão solitário quanto o de escrever, porque mesmo transportando-nos para outros lugares, nos faz viajar sozinhos, foi antecedido por uma conversa com alguns familiares, a qual, como quase sempre acaba por acontecer, redundou numa quase  " busca  do tempo perdido ", com regressos ao passado, naquilo que teve de bom, e na promessa de o não deixar perder por completo, onde for possível reencontrá-lo, convencida que estou dessa possibilidade: basta não termos esquecido a alma algures...

publicado às 20:23

 

que uma leve brisa tira da quietação em que mergulhara neste dia mais azul que os olhos da minha irmã. À sua sombra me recolhera, para melhor beber a dose para hoje destinada de pensamentos de autor antes escolhido.

Deixo-me depois arrastar pelo canto de Morfeu, até que dos seus braços sou arrancada por um agitar friorento.

Tempo para ir até à blogosfera conversar um bocadinho, penso - e tu chamas àquilo conversar?- ; Tens razão, mais um monólogo será, mas é quase o mesmo tipo de diálogo que mantenho com o Diário, a cuja mudez me acostumei; pronto, está bem, muito do prazer fica alheado deste escrever, que faz de quem escreve como que o único  interlocutor, mas o prazer de escrever, por grande ser, não substituindo o da conversa, que outro é, anda por caminhos paralelos.

publicado às 18:11

Todo o santo dia choveu, a intervalos,

por Cristina Ribeiro, em 16.04.09

 

em que o sol fez valer a sua força, é certo, mas agora que chego a casa e vejo a catalpa assim, na sua face Abrileira, ela que já nos mostrou tantas caras, desde a inusitada folhagem exuberante fora do tempo, outonal, até à completa nudez nos começos da Primavera, caprichosa como só ela, e assisto à correria das nuvens, para onde não sei, mas com a aparência de alguém que vai apressado e não quer chegar atrasado ao encontro marcado talvez com outra zona do céu, agora que esta parte dele vai ficando mais e mais azul, lamento não haver aqui um leito que as águas da chuva tivessem enchido; um rio e tudo seria melhor. Um rio para a partir dele navegar, nesta hora em que o sol ainda vai alto.

publicado às 17:51

" Há tanto tempo a não via

por Cristina Ribeiro, em 14.11.08

 e que saudades, Deus meu ! ".

A meio da manhã resolvi passear um bocado por esses caminhos, desfrutar deste tempo magnífico com que São Martinho nos tem presenteado;  emociona tanta beleza: no céu, muito azul, mas também nas árvores, cujas folhas adquiriram cores que vão do vermelho escuro ao dourado, passando pelo laranja...

         Estava neste contemplar, e embrenhada nestes pensamentos, quando vejo passar uma carroça, puxada por um burrico, carregada de sacos que logo vi estarem cheios  de milho: o moleiro, de uma outra aldeia, viera buscar as espigas para moer o grão no moinho de água, disse.

Numa altura em que os poucos lavradores da terra  moem o cereal no moinho eléctrico que têm em casa, esta foi uma visão que enriqueceu o meu dia.

publicado às 11:58






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