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A mama das artes e da cultura

por John Wolf, em 05.07.14

Não sei quem é Rui Mourão, nem quais os seus dotes artísticos. Apenas posso basear-me nos factos que ele e os seus colaboradores apresentam neste triste espectáculo (veja o clip). Estes meninos não passam de crianças com uma ideia muito ténue de como se organiza a actividade cultural num país civilizado. O protesto infantil que levaram à "cena" no Museu do Chiado envergonha toda uma classe de criadores. É isto o melhor que conseguem? São estes os putativos agentes e representantes da cultura em Portugal? Estes protagonistas cheios de gás, nem sequer são capazes de desenvolver um conceito em forma de protesto, quanto mais pensar a cultura de uma nação. Poderiam ter aproveitado a residência de Otto Muehl no Algarve para aprender algumas técnicas do movimento Accionista. Esta malta demonstra que tem uma ideia muito deformada em relação às artes e à cultura. Querem mamar e estão equivocados: pensam que existe uma grande vaca para ser ordenhada a seu bel prazer. No fundo, estes "ostracizados" pelo regime do dinheiro e subsídios, desejam ser o mesmo que os bancos e instituições financeiras da praça, ou seja, receber guito para salvarem o seu coiro. A cultura e as artes, tal e qual como o cultivo da batata, obedece a uma mesma lógica de mercado. Se o produto não é de qualidade (por exemplo, está podre) o consumidor não compra e não alimenta a sua actividade, não cresce e compromete a sua mera existência. Em que planeta vivem estes artivistas? Rui Mourão exige mais dinheiro? De quem? Dos contribuintes menos intelectuais e culturais, como os serralheiros e enfermeiras de turno? Será que estes manifestantes são especiais de corrida e merecem tratamento diferenciado? Porquê? Porque irão tirar da ignorância profunda e das sombras o resto da população? Meus amigos, o que isto é? A vida boémia e festejaleira nada tem a ver com a disciplina, o rigor, o método, o saber, o critério, a exigência, a profundidade conceptual que estão associados ao acto criativo e ao seu sucesso. Já chega. Tiveram tempo e dinheiro em abundância nos últimos quarenta anos para  experiências falhadas. Tiveram todas as liberdades criativas do mundo para se fazer aos palcos e salas de exposição e vender soluções ganhadoras. E não foi isso que fizeram, não foi isso que aconteceu, não foi isso que conseguiram. E tenho muita pena. Mas não é assim que funciona. Para caminhar usam-se os pés e não se agitam os braços.

publicado às 16:36


3 comentários

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De Malmeida a 05.07.2014 às 18:07

Mas é esta gente que quer o Costa. É esta bandalheira e outras que percorrem as ruas de Lisboa. Lisboa tem servido para o Snr. Costa deixar fazer tudo o que estes grupelhos de parasitas que tentam viver com o dinheiro dos impostos. Fosse uma qualquer ocupação feita por pessoas com ideias diferentes da esquerdalha do costume e certamente teriamos a CML muito incomodada, teriamos gente incomodada a chamar a polícia, etc. Mas de facto como diz Maria João Avillez a Esquerda tudo pode, a direita terá de pedir licença. Já não há dúvidas nenhumas que Costa representa bem estes lobbies da cultura parasita, os lobbies gays, os lobbies da construção civil. Afinal quem olha para Lisboa o que vê? Durante anos, obras e obrinhas, só que não as que interessariam aos municipes como por exemplo tapar buracos e arranjar passeios; depois temos os arraais gays e as marchas gays mais as actividades do lobby e a EGEAC. Depois temos a chamada cultura e a arte na cabeça desta gente, que vai desde decoração de contentores de lixo à invasão de grafittis especialmente que condenem o governo e a Alemanha e a senhora Merkel. De resto quem olha para Lisboa o que vê mais? Turismo? Certamente que não é por causa da CML que há turismo em Portugal, é devio à acão do governo que muito tem feito nesta área para além da credibilização do País no estrangeiro. Enfim, votem no Costa e teremos esta cambada de chupistas e parasitas diariamente e a ocuparem lugarzinhos em secretarias de estado impondo as suas etapafurdias ideias.
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De Nuno Castelo-Branco a 05.07.2014 às 18:58

Uma sugestão: os okup(inh)as que vão amanhã ver a exposição que está no Museu da Electricidade. Depois, aproveitem para andar a pé - é barato, ecológico e derrete banhas - até aos pastéis de Belém. Quentinhos, tão bons...
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De João a 05.07.2014 às 19:52

A chamada cultura da teta no seu melhor, tão querida dos criadores portugueses. Será que se eu me filiar no PS ou ocupar artisticamente uma rotunda haverá uma câmara que publique os meus poemas e romances, mesmo que sejam de carácter duvidoso e qualidade questionável? de preferência em edição de capa dura? (mas com tiragens de nunca menos 20.000, que eu não sou o Herberto e não quero ficar de mal com a crítica esquerdalhista, que não lhe perdoa o não estar acessível às massas).

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