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Gosto muito de mulheres. Gosto do género feminino em geral. Da complexidade, da sensibilidade, por oposição à bárbara condição masculina. As mulheres fazem falta em todo o lado - mesmo num estádio de futebol ou na plateia de um combate de boxe, por exemplo. Ou no Parlamento, se quisermos pegar num exemplo mais primário. A vida é feita destes pequenos equilíbrios. Do convívio natural entre seres humanos de ambos os sexos. Mas não é a condição feminina ou masculina que faz, por si só, a diferença.
Não há quem não entenda que a participação das mulheres na política é fundamental. Que é preciso forçá-la. Pressionar, arranjar mecanismos, dar um empurrãozinho para que a coisa aconteça. É imperativo que pelo menos um terço dos deputados sejam mulheres. Porquê? Ninguém sabe. Há quem diga que se fossem as mulheres a liderar o mundo, ainda hoje estávamos para descobrir o que era uma guerra. Tudo certo. Como se sabe, Thatcher, por exemplo, era um homem. Robusto, felpudinho e barbeado. Com brincos de pérola.
A lei da paridade é um atentado à condição feminina. E, pior, uma ofensa à decência das instituições. De que nos serve, afinal, ter deputadas que o são apenas por possuírem, entre as pernas, um majestoso e perfumado pipi? Eu não quero deputados dependentes da sua condição. Quero bons deputados. Inteligentes, cultos, competentes, trabalhadores. Independentemente da sua condição. Não quero que o deputado Sicrano tenha sido eleito graças ao seu potente falo, mas porque tem capacidades para exercer a função com dignidade e sabedoria.
Na ânsia de forçar a participação das mulheres na política, estamos a encher as instituições de incompetentes (mais do que o habitual) graças a vulvas e pénis. A substituir o mérito pelas maminhas. E, consequentemente, a destruir a condição feminina. A tentar eliminar um facto: que elas, não raras vezes, são melhores que nós. E nós sabemos disso. Com excepção dos que mantêm a condição de primata, os homens sabem disso.
Conheci algumas mulheres na política melhores que a maioria dos homens que por lá andam. Conheço muitas mulheres medíocres que treparam por esse elevador político graças à lei da paridade. E que, ainda hoje, não conseguem perceber que o mal delas não é serem mulheres. É serem medíocres. Como tantos homens.
O bom senso diz-nos que é com base no mérito e na competência que as pessoas se distinguem. As pessoas. Não se distinguem, na política, por serem homens ou mulheres. A paridade está a destruir esse bom senso.