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Não professo nenhuma religião em particular, mas sou adepto ferveroso da universalidade, do humanismo e da transformação que deve marcar as nossas vidas. A partida do Cardeal Patriarca de Lisboa D. José Policarpo poderá servir para a Igreja Católica Portuguesa admitir uma nova doutrina de intervenção. O Papa Francisco veio agitar as consciências e relembrar a singularidade da simplicidade do homem. A energia vital que espalha transcende os cânones da Igreja Católica e mobiliza não crentes para desígnios que dispensam o magistério dos rituais. Cada homem, sem capa ou batina, pode intervir em nome do bem comum. É essa a mensagem que o Papa Francisco transmite. Será que existe em Portugal um eclesiástico que se possa apresentar ao país com essa mesma luz de inspiração? Em tempo de falência de instituições, a reforma da Igreja Católica portuguesa seria mais que bem-vinda. Gostava sinceramente de ver um Cardeal capaz de fazer uso de uma linguagem mais adequada aos nossos tempos. A distância hierárquica que o Papa Francisco encurta, na sua devoção aos fiéis, é algo que deve ser emulado, seguido como exemplo de pleno renascimento. As pessoas caídas em desgraça económica e social precisariam também de uma nova expressão de fé. E, na minha opinião, esse é um papel que a Igreja Católica portuguesa pode desempenhar. Os homens, grandes e pequenos, devem caminhar lado a lado nesse caminho incerto. Um país declaradamente católico como Portugal, deveria abraçar a revolução da mensagem e do estilo que definem o Papa Francisco. A vida dos crentes tornar-se-ia, na minha opinião, um pouco mais leve. Ganharia ainda mais sentido.