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Já raramente leio Alberto Gonçalves, um ídolo dos nossos pseudo-liberais. Também eu, há uns anos, o lia e partilhava avidamente. Entretanto cresci, amadureci intelectualmente, li mais umas coisas e compreendi os vários erros dos simplismos dos nossos pseudo-liberais. Todavia, hoje caí no erro de abrir esta crónica que foi partilhada por alguns dos meus "amigos" do Facebook. A todos os que desdenham Portugal, a pátria, o futebol e a Selecção Nacional, permitam-me parafrasear Cristiano Ronaldo: Que se fodam!

publicado às 16:00


15 comentários

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De Anónimo a 10.07.2016 às 17:42

Há países que davam o c* e oito tostões para estarem na final do Euro 2016. Países com a Inglaterra, cuja mediocridade da sua equipa de futebol é inversamente proporcional à cagança dos ingleses. 
Mas para os liberais da treta, os portugueses hoje não podem estar muito contentes, porque para eles só os países ricos é que podem vencer títulos internacionais de futebol. É engraçado como os "nossos" liberais têm o mesmo preconceito contra nós que os estrangeiros. Veja-se a má vontade e a inveja com que quase toda a Europa encara a possibilidade de Portugal vencer o Euro 2016.


É por estas e por outras que tem de haver uma limpeza na política nacional. O Costa não serve, mas o Passos Coelho e toda a pandilha hipócrita de liberais que come acriticamente toda a porcaria mafiosa que emana de Bruxelas (ex: a resolução dos bancos em Portugal serve para proteger os contribuintes sim, mas não são os contribuintes portugueses que são "protegidos", são os alemães, os holandeses e os franceses...), também tem de desaparecer de cena. O PSD então está infestado de federalistas. Temos de ter quem DEFENDA os NOSSOS interesses!
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De Rodolfo a 10.07.2016 às 19:17

"As pessoas não são “seres livres” metafísicos que podem desligar-se de todos os seus valores herdados e ligações comunais e escolher “livremente” os seus fins como os liberais supõem" - Ser um Ser social significa que se deixados para escolher livremente (e individualmente), os elementos da sociedade escolherão ter ligações e relações entre si. Ser social é precisamente escolher voluntariamente relacionar-se com outros, e não com coerção. Se for preciso coerção para que determinados elementos sejam 'sociais', então não são sociais de todo. 

Não entendo a sua crítica ao liberalismo. Poderia-me explicar melhor, se é que não entendi?
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De José7 a 10.07.2016 às 23:24

Já não era charlie e depois do que o payet fez ao Ronaldo, com o consentimento do 'árbitro', e mais a canalhice com as luzes na torre eiffel, com aqueles facínoras que têm os museus cheios de coisas roubadas só são muitas as que se perdem.
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De Pseudo Liberal a 11.07.2016 às 11:09

Até achei a cronica bastante no ponto. Acho que isso faz de mim um pseudo liberal simplista.

Será que passámos mesmo a ser assim tão grandes com esta vitória?
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De Terry Malloy a 11.07.2016 às 13:43

Mas pseudo- (falsos, enganadores) porquê?


E "desdenham Portugal, a pátria, o futebol e a Selecção Nacional" tudo por atacado? São sinónimos, equivalem-se, confundem-se?


Ou desdenham meramente a felicidade do pontapé na bola na antevéspera da bancarrota? 


Talvez alguns tenham filhos pequenos que não comem títulos europeus...
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De José Lima a 11.07.2016 às 14:31

Lamento apenas que os Terry Malloy desta vida nunca tenham pensado no que (não) comeriam os filhos dos que foram vítimas das políticas de terrorismo social tão afanosamente defendidas por eles durante o quadriénio de 2011-2015...
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De Terry Malloy a 12.07.2016 às 13:52

Garlics and bugarlics...
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De José Lima a 12.07.2016 às 15:35

Passo... Admito que fui pouco feliz quanto à forma como me expressei...
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De José Lima a 11.07.2016 às 14:27

Obviamente que a vitória da selecção nacional não resolve imediatamente quaisquer das questões que o tal Gonçalves enuncia. Mas o que escapa a este último, no seu enviesado pedantismo intelectual, é que a resolução dessas questões também passa mediatamente por esta e outras vitórias,  pela auto-estima, autoconfiança e auto-segurança que as mesmas insuflam, como bem sabem todos os da minha geração - os que estão agora entre os 45 e os 55 anos - e que também por falta das mesmas vitórias durante tempo demais se sentiram quase ontologicamente inferiores a boa parte dos restantes europeus.
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De Terry Malloy a 11.07.2016 às 15:59

"Todos os da minha geração [...] por falta das mesmas vitórias [no futebol] durante tempo demais se sentiram quase ontologicamente inferiores a boa parte dos restantes europeus".


Mas julgo que é esse mesmo o ponto que procura fazer o Alberto Gonçalves: o drama que é sentirmo-nos cheios de "auto-estima, autoconfiança e auto-segurança" quando uma equipa de futebol ganha um torneio (em que, refira-se, nenhum de nós calçou uma chuteira que fosse...) e sentirmo-nos "quase ontologicamente inferiores" quando essa equipa perde.


Nunca conheci um homem de valor que fizesse o seu sentido de amor-próprio depender dos resultados duma equipa de futebol.


Em que ele não jogasse.
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De João José Horta Nobre a 12.07.2016 às 06:52

Eu não desdenho Portugal, nem o futebol, apesar de ser um desporto que assumidamente não aprecio (considero que é uma seca sem interesse...). Mas que isto é desproporcional, lá isso é. O povo está na merda e na merda vai continuar. Os únicos que ganham com a vitória da seleção nacional de futebol, são os jogadores que já são milionários e vão ficar ainda mais milionários e toda a máfia futebolística em torno dos mesmos. Resta apenas saber é o que diria Freud disto tudo:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2016/07/o-que-diria-freud_12.html
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De José Lima a 12.07.2016 às 10:34

Sublinho que usei o advérbio “quase”: o amor-próprio - pelo menos, o meu - não depende obviamente das vitórias ou derrotas de uma equipa de futebol (que, no caso, convém não esquecer, é uma selecção, uma representação nacional), ainda que uma quota-parte dele (confesso-o) também passe por aí (não sou um ser socialmente isolado, pois faço parte de uma nação que é a portuguesa). E não deixo também de confessar que me aborrecia ver sistematicamente alemães, espanhóis, franceses, italianos e holandeses ganhar estas coisas, mas jamais os portugueses; e, no meu caso, foram quase cinquenta anos deste fado…
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De Terry Malloy a 12.07.2016 às 13:34

Compreendo o que diz e o advérbio faz, evidentemente, diferença.


Não está em causa o gozo com a vitória numa competição desportiva, para mais referente ao desporto nacional e o mais apreciado no mundo.


Todas as nações mais prósperas, mais "evoluídas", mais política e civicamente letradas do que a nossa vivem furiosamente as suas práticas e os seus sucessos desportivos, das regatas no Tamisa à NFL.


Mas não esgotam o seu sentido de valor próprio nessas práticas e nesses sucessos. Nem sequer o centram neles.


Esse é que é o ponto. A "eucaliptização" da realidade pelo futebol em Portugal.


Ainda que seja um sintoma, e não uma causa, mete impressão.


Quanto ao resto, também sou fã do jogo.
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De José Lima a 12.07.2016 às 15:39

<i>Mas não esgotam o seu sentido de valor próprio nessas práticas e nesses sucessos. Nem sequer o centram neles.</i>

Concordo naturalmente. Que tais sucessos nos inspirem e sirvam de estímulo para melhorarmos a nossa realidade, tudo bem! Para nos alienarem dessa mesma realidade, não!

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