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Mariana Mortágua está a instigar a insurreição e a violação de princípios constitucionais. A direita, que tanto odeia, ainda acabará por se coligar. Ou seja, poderá ser tida como a lider de um gangue responsável por um governo de direita, e não como a salvadora da pátria. A esquerda não tem maioria para governar. Seria bom que se lembrassem desse pequeno detalhe. O que a esquerda está a fazer assemelha-se a uma conspiração com vista a um golpe de Estado — uma espécie de marcha ao Capitólio à portuguesa. Organiza uma falange de esquerdas para orquestrar a traição da democracia e dos legítimos resultados eleitorais. Mortágua está assim a ser a catalisadora da solução governativa que menos deseja — a coligação entre a Aliança Democrática (AD) e o Chega. Quando chegarem os votos da emigração nada mudará. A haver um embate entre a AD e o Partido Socialista, quando chegar a hora de escolher entre o descalabro da continuidade e a mudança incerta, Montenegro terá de pensar muito bem o que Portugal merece. Um cerco sanitário ao Chega é uma péssima prática e uma ideia ainda pior. Em nome de abril, deve haver diálogo, moderação, tolerância, respeito e a procura pela tal estabilidade de que tanto falam como um chavão de levar pelo bolso. Não honrar a vontade de mais de um milhão de votos é desonrar a ética democrática, o valor da possibilidade das ideias que assistem a qualquer um. É não acreditar na moderação possível promovida pela AD para que o Chega saiba ceder em relação às suas propostas menos consensuais. Prevejo uma salganhada sem saídas limpas. Marcelo Rebelo de Sousa é uma das incógnitas comportamentais, mas decerto que o populismo vingará. O seu populismo, que pouco serve ao país. A temperatura do rancor ideológico em Portugal ainda vai subir bastante nos próximos tempos. Não vai ser bonito. Não existem vacinas para isto. Apenas o cancelamento de uma ideia de progresso para Portugal. Boa sorte.
O problema maior reside no facto de as formações partidárias colocarem o interesse de seita acima das medidas que o país reclama.
Regra geral estão notoriamente calçadas pela comunicação social com exércitos de comentadores sempre diligentes em acertar o passo pela onda que corre.
Ainda a agravante de termos um presidente que sendo constitucionalista, e tendo o principal dever de ser o garante do cumprimento da Constituição, é useiro e vezeiro em decisões que a deturpam escandalosamente.
Depois de Sua Excelência ter considerado (noticia publicada antes do ato eleitoral não desmentida) que tudo faria para que um determinado partido não chegasse ao governo, o que mais será necessário para atingir o cume do descrédito.
Quanto à consideração por uma verdadeira abstenção para quando um campo no boletim para o efeito, de modo a ser considerado voto validamente expresso.
O resto são cantigas de rua à desgarrada, sendo que se afigura abusivo considerar como abstenção todas as ausências das urnas por um rol de razões indeterminadas.