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Paulo Tunhas, Portugal no país da Cultura:
Estas delirantes pretensões dos nossos locais apóstolos da arte e cultores do espírito não mereceriam qualquer atenção neste mundo feito de muita loucura, não fossem elas revelarem um fenómeno assaz singular: a total incapacidade da gente da auto-designada Cultura de pensar com o mínimo de isenção – quer dizer: com o mínimo de pertinência – a coisa política.