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António Costa vai ser avalista dos empréstimos do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português - é assim que Cavaco Silva estabelece a relação de garantias de governação. Se a carrinha que circula pela faixa da Esquerda avariar ou o motor gripar, será Costa a pagar uma parte do arranjo. O outro conserto da carroçaria será suportado pelos portugueses. Quando Jerónimo de Sousa, e outros com semelhantes reclamações, afirmam que aquando da nomeação de Passos Coelho, a série de seis perguntas foi preterida, esqueçem-se de um pequeno pormenor - o país estava a arder, Portugal estava rachado. Assim sendo, não faria muito sentido, e nesse contexto, perguntar aos bombeiros de serviço que tipo de mangueira faziam tenções de usar. António Costa, que parece vir a assumir a qualidade de chefe de governo, está correctamente e preventivamente a ser controlado em nome da sustentabilidade que Portugal exige. As perguntas colocadas à saída de Belém, segundo o presidente do Partido Socialista Carlos César, são fáceis, do nível de uma quarta classe, e António Costa tem as respostas todas debaixo da língua - da sua. Sobre os seus parceiros de coligação parlamentar, pouco se sabe. De qualquer maneira, não governam. E isso é bom. Mais facilmente farão parte da oposição ao governo socialista. Já temos indícios mais do que suficientes de que as comadres andarão à estalada. É uma questão de tempo e poucas matérias de governação.