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António José Seguro faz-me lembrar alguém. Ah! Já sei. Faz-me lembrar António José Seguro. É isso. Por muito que eu queira desculpá-lo pelas sucessivas infantilidades políticas e, porque não, a sua intensa ingenuidade, a verdade é que corremos perigo com um secretário-geral deste calibre. É como se o homem vivesse noutro planeta e celebrasse a inutilidade. Quando Seguro jura a pés juntos que o PS nada dará para o peditório de um Estado mínimo, sabemos que estamos diante de alguém que ainda não entendeu que estamos a assistir a uma mudança de paradigma. Foi precisamente o peso de um Estado desmesurado, a sua dimensão monstra, que ajudou a rebentar com as guarnições. Como dizia o outro - Jamais. O desmantelamento do aparelho já não se baliza de acordo com um padrão ideológico. Encontramo-nos num ponto de viragem a partir do qual não há regressos. Eu sei o que querem os socialistas. Desejam voltar a instalar a canalização para colocar os amigalhaços na charneira, junto às torneiras. E foram os exageros de um Estado empregador-total que deram cabo das contas. Foram sucessivos governos, de uma estirpe ou de outra, a colocar excessiva areia na carroça, a contagiar as instituições com insiders. Não confundamos função social do Estado com o tamanho do mesmo. Não confundamos o cú com as calças. Não sei se António José Seguro ouviu falar de Mohamed El-Erian. O gestor-filósofo que cunhou o termo "new normal" para explicar a energúmenos do calibre do outro que não voltaremos a ser aquilo que eramos. Será que o homem ainda não percebeu que nunca mais poderemos sustentar uma vaca gorda. Há alguém que possa explicar isto ao homem?