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Catarina Martins ainda pensa de um modo industrial, ferroviário. Ainda não percebeu que as estações e apeadeiros da Esquerda e da Direita já não existem. A lider bloquista enferrujou e ficou paralisada naquele estado comatoso de instransigência ideológica. Desde quando é que o investimento estratégico é um exclusivo daqueles que estão a leste do diálogo democrático e tolerante? A arrogância que revela quase que viola a constituição da república portuguesa. Para quem depende da legimitidade parlamentar para abrir a boca, também deveria estender essa prerrogativa às orelhas e escutar panoramicamente. O Partido Social Democrata, que mal assentou o arrial do seu novo chefe, deve por todas as razões de interesse nacional ser escutado com o mesmo grau de respeito que o Bloco de Esquerda ainda parece merecer de alguns quadrantes. Num quadro sucessório de alternância de lideranças e fins de mandato, veremos que ditadora substituirá os comandos da nau bloquista quando Catarina se for - nada dura para sempre. A ideia de que a ferrovia vai salvar o país lembra o mapa cor de rosa de outras lides e regimes políticos. Mas nada de isto nos deve surpreender - o ferro fundido concorda com o grau de sofisticação de quem não consegue pensar para além de um sector, de uma partição ideológica. Desnível acentuado, cancela fechada.