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As iras do IRS

por John Wolf, em 17.04.24

 

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"As iras do IRS" deveria ser o título do filme que decorre em sessão contínua na Assembleia da República. Os portugueses assistem sem surpresa ao diz que disse, ao diz que fez, ao faz o que não fez ou ao fez o que não disse que ia fazer. Mas tomem nota: o novo governo ainda nada fez. Mas há quem tenha feito. E está ali, à vista de todos, a estrebuchar — a Alexandra Leitão. Ou refundido, quase na galeria do público — Fernando Medina. A ira do Partido Socialista (PS) é de tal ordem expressiva que não consegue dissimular que não sabe viver sem (o) poder. Os camaradas foram mimados pelos portugueses em demasia e por um período excessivamente extenso. O PS deve aprender, de um modo célere, o desmame da governação. O governo agora em funções tem de lidar com um monstro bicéfalo. A realidade económica e social do país e, simultaneamente, com o PS. Por outras palavras, nunca terá a aprovação do PS, do BE, da CDU, do Livre ou do PAN. A descida de impostos sobre o trabalho, que tenha impacto efectivo na vida dos portugueses, não se atinge no mês inaugural do governo. Se a Aliança Democrática (AD) tivesse prometido gastar as balas todas num choque fiscal demolidor estaria a cumprir a ficção demagógica. Não o fez, como ficou patente. É plausível que se comece por um alívio maior no IRC — sem malha empregadora reinvigorada e geradora de riqueza não se fazem farturas. Mas o PS sempre fez tudo ao inverso. Procurou sempre comprar os portugueses por via do grosso da sua falange de apoiantes — os funcionários públicos. Mas nem isso foi capaz de realizar, deixando na beira da estrada, professores, polícias e profissionais do sector da saúde. O exercício de oposição que o PS realiza é uma campanha de demolição, de destruição, de bombardeamento de qualquer plantação do novo governo, sem que refira o legado que deixou a quem agora governa — um governo que não concebeu uma coligação conveniente, uma maioria absoluta com o Chega, que serviria para silenciar os socialistas. Mas não o fez. Montenegro manteve aberto o microfone dos adversários que não merecem sequer a designação de oposição.

publicado às 15:52


7 comentários

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De Manuel da Rocha a 17.04.2024 às 19:12

De facto o governo ainda não fez... é que ao apresentar as novas tabelas de IRS, Portugal vai ver que foi enganado forte e feio. É que para pagar 500-550 milhões, que quem ganha, entre 31000 a 81000 euros, anuais, iria pagar, pela tabela actual, o governo PSD-CDS, vão precisar de 250 a 280 milhões de quem ganhe até 31000 euros anuais. Quando a tabela for apresentada, vamos ver 2 coisas: IRS de quem menos ganha irá subir 0,25% a 2% e as deduções específicas vão descer 4%. Só assim o novo governo irá conseguir cumprir o que prometeu: baixar 1540 milhões ao valor do IRS de 2023. É que se mantiver os valores, do orçamento em vigor, o valor real da descida seria de 1860 milhões de euros. Para cumprir os 1540 milhões, vão precisar de subir as taxas marginais e baixar as deduções específicas dos 4 escalões mais baixos. O mesmo para a MENTIRA que não mexem no 8 escalão... é que até 81000 euros TODOS vão ver a descida de 3%. Daí para cima é que não muda, ao contrário do que disse, hoje, Hugo Soares, líder da bancada parlamentar do PSD,  demonstrando que os 700000 euros, que gastou, no mestrado em Economia Judicial, não incluía o IRS.   
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De Anónimo a 18.04.2024 às 11:41

Pois, o PS fez tudo mal. Esperemos que a AD faça melhor. Até à data não fez nada digno de nota, senão uma trapalhada com eleição do presidente da assembleia da republica, uma masturbação politica com o logotipo e uma confusão com os numeros do IRS ao basear-se nas promessas da campanha sem ter em conta que entrou um orçamento em vigor em 1/1/2024 que, para a AD, só serviu para ser chamado de pipi. Pelos vistos vai continuar com o pipi.
Quanto ao legado, muito já foi herdado, e para mal de todos nós, muito vai ser transmitido.
Quanto ao IRC, o principio da redução está correto. Mas estando em Portugal, a baixa do IRC também devia ser condicionada como querem fazer ao salário minimo. As percentagens pornográficas de lucros distribuídos em dividendos demonstram que o objetivo de redução para reinvestir sairá perfeitamente gorado.
A título de exemplo, a banca depois dos lucros fabulosos e aumentos em 2023 inferiores à inflação, está a propor aumentos entre 2 e 3% para 2024.
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De João Mateus a 18.04.2024 às 15:38

"Procurou sempre comprar os portugueses por via do grosso da sua falange de apoiantes — os funcionários públicos. Mas nem isso foi capaz de realizar, deixando na beira da estrada, professores, polícias e profissionais do sector da saúde."

Uma mentira mil vezes repetida não passa a ser verdade, porque (e fala alguém com trinta e tal anos de funcão pública) os funcionários públicos são, na sua esmagadora maioria, apoiantes do PSD, do CDS, do Chega e do PCP,  o que aliás só é comprovado pelos movimentos e greves que ocorreram durante os oito anos de governo do PS, como são os casos dos médicis, dos enfermeiros, dos professores, dos oficiais de justiça, dos policias, dos militares, etc.
Tudo isto comprova que afinal que todos os pressupostos do artigo no que diz respeito estão errados, logo...

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De s o s a 18.04.2024 às 22:48

é bom...para rir. E rir é saudável. 
E é tudo quanto á treta costumeira do post. 
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De Antonio Lopes a 19.04.2024 às 00:38

Iluminados.
E idiotas também.
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De Marques Aarão a 20.04.2024 às 18:03

O PS não tem emenda nem biscateiro que o remende apesar do sombrio restaurador pastel de Belém
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De JgMenos a 21.04.2024 às 14:20

A iliteracia ao serviço da demagogia e das raivinhas: disse mas não explicou!


Do PS já ouvi tudo e um par de botas, mas a pérola do presente é: aumentem-se os salários, que os empresários logo inovarão, logo despertarão para as mais modernas e eficientes técnicas e meios de manter o emprego e fazê-lo crescer.
Adicionasse-lhe o complemente geringonçoso, que acresce a versão hardcore - Morte ao capital!
...e já agora, criando as pontes à esquerda, comecemos pelos funcionários públicos, que pagos pelos impostos que queremos também diminuir (menos para as empresas, claro!) devem ser exemplo.

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