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CO2 - Esse vilão

por Manuel Sousa Dias, em 12.12.14

co2.jpg

 

A partir de 15 de Janeiro vão ser proíbidos de circular no centro de Lisboa automóveis anteriores a 2000 e 1996. A medida visa reduzir a concentração de poluentes na zona central. Quando falamos de poluentes estamos, como sempre, a falar de CO2, um suposto poluente e o suposto grande vilão do suposto aquecimento global.

 

Algumas curiosidades e factos a propósito do CO2:

 

-O CO2 é um gás que não possui qualquer odor, cor ou sabor.

 

-O CO2 constitui apenas 0,039% da atmosfera da Terra.

 

-Menos de 10% do CO2 na atmosfera se deve à activividade humana (menos de 0,0039%).

 

-A concentração de CO2 tem vido a aumentar desde o século XVIII, passando de 280 ppm (partes por milhão) em 1750 para 403 ppm actualmente.

 

-As estimativas catastrofistas dizem que por volta do ano 2100 a atmosfera terrestre terá cerca de 550 ppm de CO2.

 

-No período jurássico a concentração de CO2 na atmosfera atingiu o valor máximo de 1950 ppm.

 

-Durante o período jurássico a vida na Terra floresceu em grande medida graças à abundância de CO2.

 

-As plantas transformam energia solar em energia química e nesse processo consomem CO2 e libertam oxigénio. O processo chama-se fotossíntese.

 

-Os organismos vivos trocam oxigénio por CO2 com o meio ambiente. O processo chama-se respiração.

 

-O ciclo do carbono é fundamental para a manutenção da vida na Terra.

 

-A principal consequência do enriquecimento da atmosfera com CO2 é o crescimento mais rápido das plantas.

 

-A duplicação da quantidade de CO2 na atmosfera traria um rendimento de mais um terço na produção de plantas herbácias e de mais de 50% no crescimento das diversas espécies de árvores.

 

-O CO2 não é um gás poluente e é absolutamente inofensivo para os seres humanos.

 

-O CO2 é amplamente utilizado nas bebidas para lhes dar efervescência.

 

-O CO2 que ingerimos através das bebidas carbonatadas é exactamente o mesmo CO2 que sai dos tubos de escape dos automóveis ou das chaminés das fábricas.

 

-Ao contrario do CO2, o CO (monóxido de carbono) é um gás de enorme toxicidade apesar de incolor e inodoro.

 

-A exposição a doses relativamente elevadas de CO em pessoas saudáveis pode provocar problemas de visão, redução da capacidade de trabalho, redução da destreza manual, diminuição da capacidade de aprendizagem, dificuldade na resolução de tarefas ou até mesmo a morte.

 

-Concentrações abaixo de 400 ppm no ar causam dores de cabeça; acima deste valor são potencialmente mortais, tanto para plantas e animais quanto para diversos microorganismos.

 

-O Protocolo de Quioto apresenta objectivos vinculativos e quantificados de limitação e redução dos gases com efeito de estufa, nomeadamente – e principalmente - o CO2, inofensivo para os seres vivos. De fora ficou o CO, um gás letal, mas que não é considerado gás com efeito de estufa.

 

- O vapor de água é de longe o gás de estufa mais abundante, contabilizando 95% do total dos gases de estufa, representando o CO2 menos de 9%.

 

- As contribuições do homem de CO2 para o aquecimento global representam apenas 0,117% do total de gases de estufa.

 

(Nos próximos posts continuarei a abordar a temática do CO2, do aquecimento global, das ecotaxas, das políticas e da nova religião verde. E sim, sou um “negacionista”).

publicado às 19:53


4 comentários

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De Apache a 14.12.2014 às 02:35

Um bom texto “negacionista” mas que merece mais uma ou outra “negação” das fantasias do IPCC.
“Quando falamos de poluentes estamos, como sempre, a falar de CO2, um suposto poluente e o suposto grande vilão do suposto aquecimento global.”
Como bem escreve abaixo, o dióxido de carbono não é um poluente.
Mas parece-me que esta questão da proibição de circulação dos automóveis mais antigos está mais relacionada com a poluição por partículas e por óxidos de azoto. Claro que os grandes emissores destes poluentes são os veículos pesados, nomeadamente os autocarros de passageiros. Só depois vêm os ligeiros a gasóleo e entre estes há carros e carros, conforme a tecnologia de que dispõem. De facto, há carros de 1998 (e até antes) menos poluentes que outros de 2005 ou mesmo 2010, mas não é politicamente correcto fazer uma lista dos modelos que podem ou não circular, e proibir os autocarros seria escandaloso. O mal menor seria não fazer nada, mas o populismo eleitoralista falou mais alto e o Gandhi do Martim Moniz optou por cavalgar a onda ecocoisa e proibir com base nas matrículas que é cómodo.

“Menos de 10% do CO2 na atmosfera se deve à actividade humana”
Menos ainda, talvez um quarto ou mesmo um quinto destes 10%. Até a incerteza sobre a quantidade de dióxido de carbono lançada pela natureza é muito maior que a quantidade antropogénica.
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De Pedro Gomes a 15.12.2014 às 16:55

Caro Apache, não pode comparar alhos com bugalhos. E óbvio que um autocarro emite mais que um automóvel, mas tem de ter em conta qu um leva é média 20 pessoas, e o outro 1,5 pessoas. Logo, um autocarro polui sempre menos que um carro PER CAPITA. A Carris não está isente, simplesmente todos os seus autocarros já cumprem o EURO 3.  E efetivamente NÃO HÁ carros de 1998 menos poluentes do que carros de 2010. São até cerca de 10 vezes mais poluentes, como pode ver no meu comentário abaixo.
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De Apache a 17.12.2014 às 00:56

“E efetivamente NÃO HÁ carros de 1998 menos poluentes do que carros de 2010. São até cerca de 10 vezes mais poluentes, como pode ver no meu comentário abaixo.”

Tem razão, menos poluentes é um exagero. Queria escrever “carros de 1998 tão poluentes como os de 2010”. O meu carro é de 1999 e cumpre a EURO 4, que se tornou obrigatória em 2005 e vigorou até ao final de 2009 (e há carros anteriores, não sei precisar de memória o ano, que já a cumpriam, e não são viaturas de luxo). A diferença entre a EURO 4 e a EURO 5 é mínima.

Mesmo a diferença entre EURO 2 (que se iniciou em Janeiro de 1996) e EURO 5 (actual) só é muito significativa nas partículas (veículos a gasóleo), como se verifica no link que colocou abaixo.

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De Pedro Gomes a 17.12.2014 às 10:21

Se o seu carro é de 1999 e cumpre o EURO 4, é excelente. atrevo-me a dizer que se for a diesel será um Mercedes ou outa marca alemã, e terá um filtro de partículas. Nesse caso apenas necessita de mostrar à autoridade o certificado de instalação do filtro, ou o DUA. O retrofit com sistemas de redução das emissões dos agses de escape é permitido, desde que seja por um fabricante certificado por um Estado-Membro da UE. pode ver mais informação aqui: http://www.dieselretrofit.eu/


E é normal que as diferenças sejam cada vez mais pequenas. O enfoque inicial foi as Partículas, daí termos assistido a reduções assinaláveis entre o EURO 1 e o EURO 5. Depois percebeu-se que o NOx era também um problema grave, daí as reduções significativas que foram introduzidas a partir do EURO 3 e que já começam a "obrigae" à instalação de fábrica de sistemas de redução catalítica seletiva ou sistemas de recirculação de gases de escape, junto com o filtro de partículas para veículos diesel.


A partir do EURO 5 as reduções serão cada vez mais pequenas, até porque há um limite tecnológico representado por aquilo que  os fabricantes efetivamente conseguem garantir.

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