Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Desdentados

por Nuno Castelo-Branco, em 20.07.14

Que dentes? Em 1914 tinham a Royal Navy, o exército francês e sobretudo, o rolo compressor russo posto à disposição pelo mais tarde traído e abandonado Czar. Claro que a Áustria-Hungria e a Alemanha eram tão - ou ainda mais - europeias como o Reino Unido ou a França.

 

Em 1939 tinham a pequena mas combativa RAF, a Royal Navy, a Commonwealth e a rede britânica de radar.

 

Em 1982 Thatcher possuía a Royal Navy com os seus Harrier e uma vontade indomável.

 

Em 2014 eles nada têm: nem porta-aviões, nem blindados, nem rectaguarda política capaz e sobretudo, não existe qualquer possibilidade de militarmente ameaçarem uma super-potência nuclear. Esta gente é parva., a menos que esteja  convencida da mega-eficácia dos assuntos que envolvem dinheiro. Veremos.

publicado às 12:02


2 comentários

Sem imagem de perfil

De Jorge Marujo a 21.07.2014 às 17:52

 Caro Nuno Castelo Branco,
 Se me permite acrescentar algo à sua análise. Não podemos desprezar a capacidade militar do Reino Unido, no qual está em curso um processo profundo de reformas e reestruturação que a conduzirá indiscutivelmente a ser a maior potência militar da Europa Ocidental dentro de 2 anos. Não possui porta-aviões mas por um hiato de 1 ano. Este ano serão lançados ao mar o Queen Elisabeth II e o Prince of Wales, os dois porta-aviões mais modernos da actualidade. Foram lançados recentemente 6 destroyers Type 45, também os mais avançados que existe na indústria naval. Submarinos nucleares são 7 da classe Astute até 2017.
Tecnologia naval 3 décadas à frente da congénere da Federação Russa. Numa batalha naval convencional, os vasos russos não sairiam dos portos. 
Falou também em blindados, no qual até 2017/18 entrarão ao serviço além dos que existem (Challenger 2) mais avançados e com mais poder de fogo que os T-90 russos, cerca de 800 novos blindados. Já não falo do poderio aéreo, Typhoons e F-35s que estão a chegar à RAF este ano. A Força Aérea Russa também não levantaria do chão.
 A sua análise está correcta se estiver a referir à Europa continental dos Hollandes e afins. Onde está a haver um desinvestimento acelerado na Defesa, tal como está a ocorrer na França, Holanda por exemplo. Em Portugal já não é desinvestimento, mas sim desmantelamento. No qual vai sair muito caro no futuro, num surgimento de uma eventual crise a leste. Estes sim, seriam verbo de encher ou "desdentados" frente aos russos.
Imagem de perfil

De Nuno Castelo-Branco a 22.07.2014 às 08:47

Referia-me precisamente à Europa no seu todo, a Grã-Bretanha é um caso diferente, embora não me pareça existir qualquer hipótese de um confronto militar com a Rússia. Ninguém julgará possível um acordo de cavalheiros ao estilo "vamos fazer a guerra, mas não usamos as armas atómicas, está bem?" e mesmo que tal excentricidade pudesse ocorrer, com que tipo de aliados contaria o Sr. Cameron?
Com o residual exército alemão? Talvez com os polacos e outros países da "linha da frente", mas o resultado seria um desastre, dados os números em presença. Por outro lado, o que se passa em Portugal a respeito dos assuntos da defesa, não é algo assim tão invulgar noutros países aliados. O berreiro é bem audível, a "opinião" pública está perfeitamente industriada para o habitual finca-pé que derruba governos. Pelos vistos,, a lapidar expressão "peace on Earth" dos concursos de misses, fez escola, enraizou-se. Claro que não existe "peace on Earth" sem a garantia de um arsenal moderno e generoso, mas esta gente não entende. Ainda há uns dias, no debaye da "comissão dos submarinos", escutei Paulo Portas e não fiquei admirado pelo ministro ter evitado a questão do cumprimento do seu próprio programa dos patrulhas oceânicos. O PC, interessado na guerrilha dos ENVC, não insistiu, pois isso implicaria aquilo que menos quer discutir:apolítica de defesa, logo de soberania, posse efectiva da plataforma marítima-continental, exportações de vasos para outros países, etc. Uma tristeza. 


Voltando aos nossos aliados ingleses - apesar de tudo, os únicos em quem podemos depositar alguma confiança -, creio que andam cheios de sorte, dada a evidente fraqueza argentina. Imagine uma situação política diferente no estuário do Prata, apanhando de surpresa os britânicos sem porta-aviões e sem… Thatcher?

Comentar post







Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2007
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D

Links

Estados protegidos

  •  
  • Estados amigos

  •  
  • Estados soberanos

  •  
  • Estados soberanos de outras línguas

  •  
  • Monarquia

  •  
  • Monarquia em outras línguas

  •  
  • Think tanks e organizações nacionais

  •  
  • Think tanks e organizações estrangeiros

  •  
  • Informação nacional

  •  
  • Informação internacional

  •  
  • Revistas